Satisfação de doentes crônicos com o gerenciamento clí­nico por telemonitoramento

Resumo

Objetivo: Identificar as dimensões da satisfação dos doentes crônicos com o gerenciamento clí­nico por telemonitoramento. Método: Estudo transversal, de 2019, com 102 doentes crônicos de operadora de plano de saúde, do Paraná-PR. Foram incluí­dos adultos, independentes para as atividades cotidianas e que participaram desta intervenção durante seis a 12 meses. Realizou-se entrevistas por telefone, gravadas, com questionário próprio. Empregou-se o teste U de Mann-Whitney e a regressão de Poisson na análise dos dados. Resultados: A maioria dos participantes estava satisfeita com a intervenção (97%), a recomendaria (92%), gostaria de mantê-la (89,2%) e a classificou como excelente (93%). Beneficiários com menor escolaridade estavam mais satisfeitas com o conhecimento técnico dos profissionais (p = 0,045), sua habilidade para explicar (p = 0,004), importância do gerenciamento clí­nico (p = 0,010) e satisfação geral com ele (p = 0,028). Houve associação entre a idade, a qualidade das informações proferidas pelo profissional (p <0,001; RP = 0,505; IC = 0,70-0,66), qualidade do gerenciamento clí­nico (p <0,001; RP = 0,507; IC = 0,72-0,64) e satisfação geral com ele (p <0,001; RP = 0,058; IC = 0,71-0,64). Conclusão: As dimensões da satisfação identificados explicaram a qualidade da atenção í  saúde aos doentes crônicos no momento estudado. Tido como satisfatório, o gerenciamento clí­nico por telemonitoramento pode ser uma opção de mudança assistencial para maior sustentabilidade da operadora de plano de saúde.