Riscos ocupacionais no trabalho de motociclistas profissionais de entregas rápidas
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021v11i69p8526-8546Palavras-chave:
Riscos Ocupacionais, Motocicleta, Trabalhador, Comida RápidaResumo
Objetivo: Identificar as evidências disponíveis na literatura nacional e internacional referente aos riscos ocupacionais dos motociclistas profissionais que trabalham nas entregas rápidas de alimentação. Método: Revisão lntegrativa de Literatura realizada no período de outubro a dezembro/2019, nas bases de dados do Portal da BVS, SciELO, CAPES. Foram utilizados os descritores cadastrados no Descritores em Saúde: "Comida Rápida" ANO "Trabalhador" ANO "Riscos Ocupacionais" e seus respectivos correspondentes nos idiomas inglês e espanhol. publicados no período de 2008 a 2019. Resultados: A revisão resultou em 14 artigos. Com relação ao número de estudos, a maioria, 8(57, 1%) foi publicado na BVS; no que se refere ao ano em que foram publicados, 2008 teve maior quantidade com 21,4% das publicações. Conclusão: O objetivo proposto foi atingido, uma vez que foram identificadas evidências disponíveis na literatura nacional e internacional referente aos riscos ocupacionais dos motociclistas profissionais.
Referências
Marín-León L, Belon AP, Barros MB de A, Almeida SD de M, Restitutti MC. Trends in traffic accidents in Campinas, São Paulo State, Brazil: the increasing involvement of motorcyclists. Cad Saúde Pública. 2012, 2B (1): 39-51. https:#doi.org/10.1590/50102-311X2012000100005 2. Godoi SC, Godoi SC. Suffering and working in the city in forced march. Cad Metrópole 2016, 18 (36): 345-64. Disponível em: . Acesso em 1 O mai 2020. 3. Silva DW, Andrade SM, Soares DA, Soares DFPP, Mathias TAF. Perfil do trabalho e acidentes de trânsito entre motociclistas de entregas em dois municípios de médio porte do Estado do Paraná, Brasil. Cad Saude Publica 2008, 24 (11): 2643-52. https:#doi.org/10.1590/50102- 311X2008001100019 4. Amorim CR, Araújo EM, Araújo TM, Oliveira NF. Acidentes de trabalho com mototaxistas. Rev Bras Epidemiai. 2012, 15 (1): 25-37. https:#doi. org/10.1590/51415-790X2012000100003 5. Moraes T D. Coletivo de trabalho e atividade dos motoboys: gênero profissional, saberes operatórios e riscos da atividade de trabalho. 2008. 404 f. Tese (Doutorado Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em . Acesso em 30 maio 2020. 6. Brasil. Lei n º 12.009, de 29 de julho de 2009. Regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, "mototaxista': em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e "motoboy'; com o uso de motocicleta, altera a Lei n º 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas - moto- frete -, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências. 7. Brasil. Lei n º 12.997, de 18 de junho de 2014. Acrescenta§ 4° ao art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n º 5.452, de 1 º de maio de 1943, para considerar perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. Disponível em 8. Castro MF. Os motoboys de São Paulo e a produção de táticas e estratégias na realização das práticas cotidianas. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Área de Concentração: Psicologia Social) - Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010. 175 f. DOl 10.11606/T.47.2010.tde-09022011-111013 9. Souza ER, Minayo MCS, Malaquias JV. Violência no trânsito: expressão da violência social. ln: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Impacto da violência na saúde dos brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde 2005, 280-301. Disponível em . Acesso em 1 O jun 2020. 1 O. Paes-Machado E, Riccio-Oliveira MA. O jogo de esconde-esconde: trabalho perigoso e ação social defensiva entre motoboys de Salvador. Revista Brasileira de Ciências Sociais 2009, 24: 91-106. https:#doi.org/10.1590/ 50102-69092009000200006 11. André RG, Silva RO, Nascimento RP. "Precário não é, mas eu acho que é escravo": Análise do Trabalho dos Motoristas da Uber sob o Enfoque da Precarização. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa 2019, 18 (1): 7-34. □OI: 10.21529/RECADM.2019001 12. Wisniewski PC, Esposito LA. Mobilidade Urbana e o caso Uber: aspectos jurídicos e sociais do startup. Perspectiva 2016, 40 (150): 63-74. Oisponível em . Acesso em 20 abril 2020 13. Uber Eats. Como funciona o Uber Eats. Disponível em . Acesso em [30 out 2019]. 14. Monty RCS. (reative economy: how the interface of Uber Eats and lfood could change your menu. Brazilian Journal of Operations & Production Management 2018, 15 (3): 413-419. DOI: 10.14488/BJOPM.2018.v15.n3.a8 15. Weschenfelder GS. Relações trabalhistas no modelo de negócios "Uber''. Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Jurídicas e Sociais apresentado ao Departamento de Direito Econômico e do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2019. 60 p. Disponível em . Acesso em 23 maio 2020 16. Souto CC, Reis FKW, Bertolini RPT, Lins RS de MA, Souza SLB de. Perfil das vítimas de acidentes de transporte terrestre relacionados ao trabalho em unidades de saúde sentinelas de Pernambuco, 2012 - 2014. Epidemiai e Serviços Saúde 2016, 25 (2): 1-2. https:ú'doi.org/10.5123/51679- 49742016000200014 17. WHO - World Health Organization. World report on road traffic injury prevention. Geneva: WHO, 2004. Disponível em: . Acesso em: [7 nov. 2019]. 18. Albuquerque MES, et ai. Qualidade de vida no trabalho e riscos ocupacionais dos Mototaxistas: um estudo de caso. Rev. CPAQV - Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida 2012, 4 (3). ISSN: 2178-7514. Disponível em . Acesso em 06 junho 2020. 19. Pereira GM, Mendonça GS, Freitas EAM, Constantino LA, Silva DV, Rodrigues CM. Perfil dos acidentes com motocicleta socorridos pelo corpo de bombeiros no ano de 2013 em Uberlândia, Brasil. Horizonte Científico 2017, 11 (1): 1-13. Disponível em . Acesso em 06 fevereiro 2020. 20. Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto contexto enferm. 2008, 17 (4): 758-764. https:ú'doi.org/10.1590/ 50104-07072008000400018 21. Stillwell 58, Fineout-Overholt E, Melnyk BM, Williamson KM. Searching for the Evidence: Strategies to help you conduct a successful search. Am J Nurs, New York, 2010 May:110(5):41-7. Disponível em . Acesso em [23 fev 2019]. doi: 10.1097 /01.NAJ.0000372071.24134. 7e 22. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG; PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS Med. 2009, 6 (7): e1000097. dai: 10.1371/journal. pmed.1000097. 23. Teixeira MLaP, Fischer FM. Acidentes e doenças do trabalho notificadas, de motoristas profissionais do estado de São Paulo. São Paulo em Perspectiva 2008, 22 (1): 66-78. Disponível em . Acesso em 15 março 2020. 24. Soares DFPP, Mathias TAF, Silva DW, Andrade SM. Motociclistas de entrega: algumas características dos acidentes de trânsito na Região Sul do Brasil. Rev. bras. Epidemiai., São Paulo, 2011;14(3):435-444. https:ú'doi. org/10.1590/51415-790X2011000300008 25. Luna JP, Oliveira RV. A nova reprodução do trabalho precário e os mototaxistas de Campina Grande. Revista Latino americana de Estudos do Trabalho, 2011, 16 (25): 91-119. Disponível em . Acesso em 25 maio 2020. 26. Silva MB, Oliveira MB, Fontana RT. Atividade do mototaxista: riscos e fragilidades autorreferidos. Rev Bras Enferm, Brasília, 2011; 64 (6): 1048- 55. https:ú'doi.org/10.1590/50034-7167201100060001 O 27. Oliveira TS, Matos Filho AS, Araújo FA. Conhecimento de mototaxistas quanto aos riscos ocupacionais. Revista Baiana de Saúde Pública 2012, 36 (4): 899-918. OI: https:ú'doi.org/10.22278/2318-2660.2012.v36.n4.a787 28. Moraes TD, Rohr RV, Athayde M. Ingresso, permanência e abandono na profissão de motoboys: constituição de si e da profissão. Laboreal, 2015;11(1):69-83. http:ú'dx.doi.org/10.15667 /laborealxi0115tdm 29. Oliveira RA, Silveira CA, Vasconcelos MV. Perfil do trabalho e acidentes na atividade ocupacional de motociclistas profissionais. Rev enferm UFPE on line., Recife, 2015; 9(2):692-700. 30. Mascarenhas MDM., Souto RMCV, Malta DC, Silva MMA, Lima CM, Montenegro MMS. Características de motociclistas envolvidos em acidentes de transporte atendidos em serviços públicos de urgência e emergência. Ciência & Saúde Coletiva, 2016; 21(12):3661-3671, 2016 2016. DOI: 10.1590/1413-812320152112.24332016 31. Carvalho LGA, Moraes GFS, Mendes DP. Riscos do trabalho dos motociclistas profissionais: estratégias de prevenção e regulação. Revista SUSTINERE, 2017;5(2):218-234. 32. Oliveira RA, Silveira CA. Percepção de riscos e efeitos para a saúde ocupacional de motociclistas profissionais. Santa Maria, 2017;43(1 ):206-213. 33. De Conto J, Gerges 5, Gonçalves CGD. Risco auditivo em mototaxistas de uma cidade do sul do Brasil. Rev. CEFAC. 2018 Jan-Fev; 20(1):29-36. 34. Abílio, LC. Uberização: Do empreendedorismo para o autogerenciamento subordinado. Psicoperspectivas, 2019; 18(3). 35. Standing G. O precariado: a nova classe perigosa. Belo Horizonte: Autêntica Editora. 2013. 36. Miziara ID, Miziara CSMG, Rocha LE. Acidentes de Motocicletas e sua relação com o trabalho: revisão da literatura. Saúde Ética Justiça. 2014;19(2):52-9. 37. Fedrigo DL. A práxis das relações públicas no contexto digital junto à empresa de tecnologia disruptiva: caso Uber. Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2017. 69 p. 38. Duarte MEL. Análise de acidentes de trabalho causados por meio de transporte motocicleta em uma capital brasileira. 2011. 105 f. Dissertação (Mestrado Enfermagem e Saúde) - Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011. http:ú'dx.doi.org/10.5027 / psicoperspectivas-vol 18-issue3-fulltext-167 4 39. Santana JS, Andrade MG, Cardim A. Motoboys: condições de trabalho e o impacto dos acidentes no desempenho das suas funções. Pós-Graduação Enfermagem do Trabalho, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, 2015. 15 p. Disponível em . Acesso em 16 maio 2020. 40. Silva JCA. Mobilidade sustentável: o serviço de entregas de mercadorias em ambiente urbano. Cap. 15, p. 175-185. ln: Oliveira AJ, Franzato C, Claudio CDG (org.). Ecovisões projetuais : pesquisas em design e sustentabilidade no Brasil [livro eletrônico]. São Paulo: Blucher, 2017. DOI 10.5151 /9788580392661-15 41. Guimarães AL. A logística do Caos: o motoboy nas "asas da liberdade" do despotismo just in time. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista. Marília, 2019. 272 p. Disponível em . Acesso em 28 abril 2020. 42. Pereira da Silva F, Oliveira FP, Suassuna LAS, Menezes ML, Lima RGB, Souto Silva CC. Riscos e vulnerabilidades dos trabalhadores motociclistas durante a pandemia da COVID-19 no Brasil. Saúde Coletiva 2021, 11 {N.61 ): 4 798- 4802. DOI: https:ú'doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021 v11 i61p4798-4807