SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NO INÍCIO DA PANDEMIA NO BRASIL

Resumo

Introdução: Durante a pandemia, muitos hábitos foram modificados para se ajustarem na prevenção e dissipação do vírus SARS-CoV-2, principalmente na vida dos acadêmicos, influenciando negativamente em suas relações sociais, físicas e estudantis, tornando-os vulneráveis para o surgimento ou intensificação de transtornos mentais comuns, como ansiedade e depressão. Objetivo: Avaliar os níveis dos sintomas de ansiedade e depressão dos acadêmicos de Ciências da Saúde de uma universidade pública no início da pandemia. Métodos: Estudo transversal quantitativo, de caráter descritivo. Para caracterização da amostra foi utilizado um questionário sociodemográfico, e para a mensuração dos níveis de ansiedade e depressão foi utilizado o instrumento Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), ambos os questionários foram aplicados por um formulário eletrônico. Resultados: A amostra foi composta por 99 alunos dos cursos de educação física, enfermagem, farmácia e medicina. Ao analisar os níveis dos sintomas de saúde mental, observou-se 8,73 de média quanto a ansiedade e 7,62 para depressão,  sendo esses interpretados como valores limítrofes, que indicam uma possibilidade de desencadear algum transtorno mental vinculado a esses sintomas. Entretanto, os alunos do sexo feminino e que relataram sentimentos de medo/ansiedade a respeito da pandemia, apresentaram maiores níveis dos sintomas estudados. Já os acadêmicos que relataram não praticar exercícios físicos regularmente evidenciaram níveis significativamente maiores de depressão dos que aqueles que relataram praticar atividades físicas regularmente. Conclusão: Os resultados deste estudo pressupõem que os níveis de ansiedade e depressão no início da pandemia estavam relacionados a diversas variáveis, como sexo, faixa etária, prática de exercícios físicos, e principalmente os medos e anseios frente a pandemia e ao novo coronavírus.