Gastos públicos com internações para tratamento da covid-19 no maranhão em 2020: Análise por geoprocessamento

Vanessa Moreira da Silva Soeiro; Débora Cristina Pinheiro Melo; Yara Nayá Lopes de Andrade Goiabeira; Larissa Neuza da Silva Nina; Larissa Karla Barros de Alencar; Arlene de Jesus Mendes Caldas

doi:10.36489/saudecoletiva.2022v12i75p10053-10066

Autores

Vanessa Moreira da Silva Soeiro https://orcid.org/0000-0002-4299-1637
Débora Cristina Pinheiro Melo https://orcid.org/0000-0001-7433-9304
Yara Nayá Lopes de Andrade Goiabeira https://orcid.org/0000-0002-8982-9549
Larissa Neuza da Silva Nina https://orcid.org/0000-0002-0906-3759
Larissa Karla Barros de Alencar
Arlene de Jesus Mendes Caldas https://orcid.org/0000-0001-7087-8781

DOI:

https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2022v12i75p10053-10066

Palavras-chave:

nfecções por Coronavírus, Hospitalização, Custos Hospitalares, Gastos Públicos com Saúde, Sistema Único de Saúde

Resumo

Objetivo: descrever os gastos públicos com internações para tratamento da Covid-19 no Maranhão. Métodos: estudo descritivo, referente aos meses de março e dezembro de 2020, com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS). Resultados: No período, ocorreram 19.150 internações hospitalares, sendo 4,9% para tratamento de usuários com coronavírus. O gasto total foi superior a 55 milhões de reais, sendo 83% destinados a serviços hospitalares e 15% a serviços profissionais. Os gastos para o tratamento da covid-19 se distribuíram de forma distinta entre as regiões do Estado. A região de São Luís teve o maior número de internações, maior valor total gasto, maior média de permanência em dias e maior taxa de letalidade. Conclusão: Disparidades nos gastos de internação foram ratificadas entre as regiões do Maranhão, evidenciando a vulnerabilidade e necessidade de estratégias para diminuir as diferenças no acesso, uso e distribuição de recursos do SUS.

Biografia do Autor

Vanessa Moreira da Silva Soeiro

Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, campus Pinheiro/MA.

Débora Cristina Pinheiro Melo

Enfermeira. Pós-Graduada em Saúde da Família, Saúde Pública e MBA em Gestão em Saúde. Lar e Saúde Assistência Domiciliar – São Luís/MA

Yara Nayá Lopes de Andrade Goiabeira

Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, campus Imperatriz/MA.

Larissa Neuza da Silva Nina

Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.

Larissa Karla Barros de Alencar

Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.

Arlene de Jesus Mendes Caldas

Enfermeira. Doutora em Patologia Humana. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, São Luís/MA.

Referências

Johns Hopkins University. COVID-19 Map. Johns Hopkins Coronavirus Resource Center. (Estados Unidos). Baltimore, 2022. Disponível em: https://coronavirus.jhu.edu/map.html. Acesso em: 24 jan. 2022.

Santos CR et al. Gastos públicos direcionados ao combate da covid-19 em Alagoas. Revista de Atenção à Saúde, 2021;19(67):26-32.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Doenças não Transmissíveis. Guia de vigilância epidemiológica Emergência de saúde pública de Importância nacional pela Doença pelo coronavírus 2019 – covid-19. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

Legido-Quigley H et al. The resilience of the Spanish health system against the COVID-19 pandemic.The Lancet Public Health, 2020;5(5):e251-e252.

Marques RM. Notas exploratórias sobre as razões do subfinanciamento estrutural do SUS. Planejamento e Políticas Públicas, 2017;49:35-53.

Pereira BL, Faleiros D. Desvinculação Orçamentária e o Financiamento da Saúde. Disponível em: https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2019/04/Desvinculação-Orçamentária-Análise-Conasems-1.pdf. Acesso em 10 jan. 2022.

Silva WM et al. Deaths due to COVID-19 in a state of northeastern Brazil: spatiotemporal distribution, sociodemographic and clinical and operational characteristics. Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, 2021:1-10.

Santos HLPC et al. Gastos públicos com internações hospitalares para tratamento da Covid-19 no Brasil em 2020. Rev Saude Publica. 2021;55(52):1-12.

Rache B et al. Necessidades de infraestrutura do SUS em preparo ao COVID-19: leitos de UTI, respiradores e ocupação hospitalar. São Paulo, SP: Instituto de Estudos para Políticas de Saúde. (Nota Técnica; nº 3).

Menezes APR, Moretti BR, Reis AAC. O futuro do SUS: impactos das reformas neoliberais na saúde pública – austeridade versus universalidade. Saude Debate, 2019:43(n.5):58-70.

Fernandes GAAL, Pereira BLS. Os desafios do financiamento do enfrentamento à COVID-19 no SUS dentro do pacto federativo. Rev Adm Publica, 2020;54(4):595-613.

Cavalcante JR et al. COVID-19 no Brasil: evolução da epidemia até a semana epidemiológica 20 de 2020. Epidemiol Serv Saude, 2020;29(4):e2020376.

Baptista TWF et al. As emendas parlamentares no orçamento federal da saúde. Cadernos de Saúde Pública, 2012;28(12):2267-2279.

Piola SF, França JRM, Nunes A. Os efeitos da Emenda Constitucional 29 na alocação regional dos gastos públicos no Sistema Único de Saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 2016;21(2):411-422.

Battesini M, Andrade CLT, Seta MH. Financiamento federal da Vigilância Sanitária no Brasil de 2005 a 2012: análise da distribuição dos recursos. Ciência & Saúde Coletiva, 2017;22(10):3295-3306.

Santos, L. SUS-30 anos: um balanço incômodo? Ciência & Saúde Coletiva, 2018;23(6):2043-2050.

Kobayashi, M.R. COVID-19 e os impactos de um fenômeno multidimensional. Saúde Coletiva (Barueri), 2021;11(68):7161-7162.