Projeções de futuro de adolescentes usuários de crack: Uma abordagem fenomenológica
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2022v12i75p10213-10222Palavras-chave:
Adolescente, Usuários de drogas, Transtornos relacionados com substâncias, Crack, EnfermagemResumo
Objetivo: Conhecer as projeções de futuro de adolescentes usuários de crack atendidos no Centro de Atenção Psicossocial. Método: Pesquisa qualitativa realizada com 13 adolescentes atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial para usuários de álcool e outras drogas, de um município do sul do Brasil, durante o segundo semestre de 2016. Realizou-se entrevista e Análise Compreensiva dos dados a partir do referencial da Fenomenologia Social de Schütz. Resultados: Como as projeções de futuro referiram: resistir à influência da droga e se manter em tratamento; resgatar a si e (re)construir as relações familiares e sociais; retomar os estudos e (re)inserir-se no trabalho; viver um pouco mais. Conclusão: Os “motivos para” os comportamentos sociais, de adolescentes usuários de crack em tratamento, revelam uma adolescência fragilizada, mas com potencial de projetar a transformação de seu “mundo da vida”. Compreendendo as individualidades dos adolescentes, a equipe multiprofissional pode construir um projeto terapêutico singular.
Referências
World Health Organization. Definition of keyterms Consolidated ARV guidelines. June 2013. Disponível em: <http://www.who.int/topics/adolescent_health/es/>.
Respress BN, Small E, Francis SA, Cordova D. The Role of Perceived Peer Prejudice and Teacher Discrimination on Adolescent Substance Use: A Social Determinants Approach. J Ethn Subst Abuse [Internet]. 2013;12(4):279-99. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3878308.
Chakravarthy B, Shah S, Lotfipour S. Adolescent drug abuse - Awareness & prevention. Indian J Med Res[Internet]. 2013 Jun; 137(6): 1021 1023. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3734705.
Brasil. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ.) Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil Inquérito epidemiológico. 2013. Disponível em: http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/senad/senad_pesq_crack_total_17set2013.pdf.015.pdf.
Francelino AG, Quinderé PHD, Rimes TS, Andrade AT, Costa LSP, Morais SSF. Compreensões de estudantes e professores de uma escola pública de ensino fundamental sobre uso de crack na adolescência. Saúde coletiva [Internet]. 2021;11(62):5038-5043. Disponível em: http://www.revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/saudecoletiva/article/view/980.
SAMHSA, U.S. Department of Health and Human Services (HHS). Key Substance Use and Mental Health Indicators in the United States: Results from the 2015 National Survey on Drug Use and Health. September 2016. Disponível em: https://www.samhsa.gov/data/sites/default/files/NSDUH-DetTabs-2015/NSDUH-DetTabs-2015/NSDUH-DetTabs-26.
Martins MM, Souza J, Silva AA. Children and adolescents who are substance users in the psychiatric emergency service. Acta Paul Enferm [Internet]. 28(1):13-8. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v28n1/1982-0194-ape-028-001-0013.pdf.
Persaud S, Tzemis D, Kuo M, Bungay V, Buxton JA. Controlling chaos: the perceptions of long- term crack cocaine sers in vancouver, british columbia, Canada. J Addict[Internet]. 201; Article ID 851840, 9 pages. Disponível em: https://www.hindawi.com/journals/jad/2013/851840.
Johnson BA, Ait-Daoud N, Wang XQ, Penberthy JK, Javors MA, Seneviratne C, et al. Topiramate for the Treatment of Cocaine Addiction A Randomized Clinical Trial. JAMA Psychiatry[Internet]. 2013; 70(12):1338-46. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24132249.
Schütz A. El problema de la realidade social. Buenos Aires: Amorrortu; 2008
Schütz A, Luckmann T. Las estructuras del mundo de la vida. Buenos Aires: Amorrortu, 2009.
Martins J, Bicudo MAV. A pesquisa qualitativa em Psicologia: fundamentos e recursos básicos. São Paulo: Centauro, 2011.
Lopes GM, Nobrega BA, Del Prette G, Scivoletto S. Use of psychoactive substances by adolescents: current panorama. Rev. Bras. Psiquiatr. [Internet]. 2013; 35(Suppl 1): S51-S61. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462013000500007&lng=en
Maremmani I, Cibin M, Pani PP, Rossi A, Turchetti G. Harm Reduction as “ContinuumCare” in Alcohol Abuse Disorder. Tchounwou P, ed. International Journal of Environmental Researchand Public Health. 2015 nov;12(11):14828-14841.
Seleghim MR, Oliveira MLF. Influence of the family environment on individuals who use crack Acta Paul Enferm[Internet]. 2013; 26(3):263-8. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v26n3/10.pdf.
Henriques BD, Rocha RL, Reinaldo AMS. Use of crack and other drugs among children and adolescents and its impact on the family environment: an integrative literature review. Texto Contexto Enferm[Internet], 2016; 25(3):e1100015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v25n3/pt_0104-0707-tce-25-03-1100015.pdf.