Avaliação de boas práticas obstétricas no processo de parturição
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2022v12i79p11045-11058Palavras-chave:
Enfermagem, Atenção à Saúde Baseada na Evidência, Humanização da Assistência, Parto HumanizadoResumo
Objetivo: analisar as práticas obstétricas no trabalho de parto e parto em uma maternidade de ensino. Método: estudo descritivo, com 150 parturientes de São Luís, Brasil. Aplicado questionário e checklist, entre janeiro e setembro de 2020, dados analisados pela análise descritiva e o teste Exato de Fisher. Resultados: maioria das mulheres entre 20 e 29 anos, ensino fundamental, até 5 consultas de pré-natal e primíparas. As boas práticas obstétricas ofertadas foram: presença de acompanhante (96,0%), amamentação na 1ª hora de vida (94,7%) e contato pele a pele imediato (90,7%). Baixa adesão do uso do partograma (34,0%), a manobra de Kristeller ocorreu (6,0%). Segundo o score de Bologna apenas 11,3% das mulheres foram assistidas com práticas baseadas em evidências. Conclusão: A presença do partograma, a ausência de estimulação do parto e o parto em posição não supina tiveram associação com a assistência baseada em evidências, identificaram-se práticas apoiadas no modelo tecnocrático, requerendo estratégias para promoção de mudanças no modelo obstétrico.
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