PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL COM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

SEX EDUCATION PRACTICES WITH THE ELDERLY: AN INTEGRATIVE REVIEW

PRÁCTICAS DE EDUCACIÓN SEXUAL CON ANCIANOS: UNA REVISIÓN INTEGRADORA

Camila Napolis da Silva - Acadêmica de Enfermagem-UEM orcid: https://orcid.org/0000-0001-7210-9177

Daniela Bulcão Santi - Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem, PSE - UEM. orcid:https://orcid.org/0000-0001-8687-9877

João Pedro Rodrigues Soares - Enfermeiro, Mestrando em Enfermagem, PSE - UEM. orcid:https://orcid.org/0000-0001-5725-3795

Michelle Aparecida de Siqueira Fazoli - Enfermeira, Mestranda em Enfermagem, PSE - UEM. orcid:https://orcid.org/0000-0003-1964-9662

Guilherme Malaquias Silva -  Enfermeiro, Mestrando em Enfermagem, PSE - UEM. orcid:https://orcid.org/0000-0003-4748-2951

Hanna Carolina Aguirre - Enfermeira, Mestranda em Enfermagem, PSE - UEM orcid:https://orcid.org/0000-0002-4952-7298 

Eloise Panagio Silva - Enfermeira, Mestranda em Enfermagem, PSE - UEM. orcid:https://orcid:0000-0002-5866-4593 

Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera - Enfermeira, Doutorado em Enfermagem, USP - UEM. orcid:https://orcid.org/0000-0003-1680-9165

RESUMO

Objetivo: Analisar as práticas de educação sexual voltadas aos idosos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis. Método: Tratou-se de uma revisão integrativa que utilizou os descritores: “doenças sexualmente transmissíveis" AND "educação em saúde" OR "educação sexual" AND "saúde do idoso". Os dados foram coletados em sete bases de dados eletrônicas. A busca ocorreu de março e abril de 2021, como filtro foi utilizado artigos publicados no ano de 2010-2020. Resultados: Foram incluídas 18 publicações, discutidas na perspectiva do referencial crítico-dialógico de Paulo Freire. Assim, cada publicação foi classificada segundo a concepção pedagógica, como crítica e não crítica. Existe uma paridade de publicações de ambas as abordagens, sendo importante que práticas críticas, que considerem e favoreçam o compartilhamento de vivências e perspectivas dos idosos. Conclusão: As práticas educativas apresentadas, abordam a saúde sexual do idoso de forma sucinta e didática, focando em conceitos, prevenção, diagnóstico e tratamento das IST.

Descritores: Doenças Sexualmente Transmissíveis; Educação em Saúde; Educação Sexual; Saúde do Idoso. 

ABSTRACT

Objective: To analyze sexual education practices aimed at the elderly for the prevention of sexually transmitted infections. Method: This was an integrative review that used the descriptors: "sexually transmitted diseases" AND "health education" OR "sexual education" AND "elderly health". Data were collected in seven electronic databases. occurred from March and April 2021, as a filter, articles published in the year 2010-2020 were used. Results: 18 publications were included, discussed from the perspective of Paulo Freire's critical-dialogical framework. Thus, each publication was classified according to the pedagogical concept , as critical and non-critical. There is a parity of publications from both approaches, and it is important that critical practices, which consider and favor the sharing of experiences and perspectives of the elderly. Conclusion: The educational practices presented address the sexual health of the elderly of succinctly and didatically, focusing on concepts, prevention, diagnosis and treatment of STIs.

Descriptors: Sexually Transmitted Diseases; Health Education; Sex Education; Health of the Elderly.

RESUMEN

Objetivo: Analizar las prácticas de educación sexual dirigidas a los ancianos para la prevención de infecciones de transmisión sexual. Método: Se trató de una revisión integradora que utilizó los descriptores: "enfermedades sexuales" Y "educación en salud" O "educación sexual" Y "salud del anciano". Los datos fueron recolectados en siete bases de datos electrónicas. de marzo y abril de 2021, como filtro se utilizaron artículos publicados en el año 2010-2020. Resultados: se incluyeron 18 publicaciones, discutidas desde la perspectiva del marco crítico-dialógico de Paulo Freire. Así, cada publicación fue clasificada según el concepto pedagógico, en crítica y no crítica. Hay paridad de publicaciones de ambos enfoques, y es importante que las prácticas críticas, que consideren y favorezcan el intercambio de experiencias y perspectivas de los ancianos. Conclusión: Las prácticas educativas presentadas abordan la salud sexual de los ancianos de forma sucinta y didáctica, centrándose en conceptos, prevención, diagnóstico y tratamiento de las ITS.

Descriptores:Enfermedades de Transmisión Sexual; Educación en Salud; Educación Sexual; Salud del Anciano.

 RECEBIDO: 09/10/2022

APROVADO: 20/11/2022

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, denomina-se idoso todo indivíduo com 60 anos ou mais (OMS, 2019). O Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas nessa faixa etária, número que representa 13% da população, e que deve dobrar nas próximas décadas (IBGE, 2018). As principais razões para essa tendência de envelhecimento seriam a queda da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida do brasileiro (1).

Considerando alguns avanços que a população idosa vem conquistando nas últimas décadas, o prolongamento da vida sexual merece destaque. O aumento da qualidade de vida aliado ao desenvolvimento tecnológico em saúde, como os tratamentos de reposição hormonal e medicações para impotência, têm permitido a vivência e/ou redescobrimento de novas experiências da prática sexual entre os idosos (2). Entretanto, práticas sexuais inseguras podem contribuir para que essa população se torne vulnerável às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como: Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), sífilis, clamídia e gonorreia. 

A terminologia IST passou a ser adotadas em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), pois destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas (3).Os últimos dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o atual cenário do vírus HIV no país, publicado em dezembro de 2020, chamam a atenção de que, entre os homens nos últimos dez anos, observou-se um incremento da taxa de detecção da Síndrome da Imunodeficiência adquirida (AIDS) nas faixas etárias de 60 anos e mais (4).

Muitas vezes os idosos não constituem o público-alvo de discussão ou estratégias educativas para prevenção das IST, sendo necessário evidenciar o risco, a ocorrência e complicações, bem como formas de prevenção para população idosa. Nas políticas públicas e no atendimento à população idosa os temas predominantes são relacionados à saúde de modo geral e o idoso (a) é pensado em um modelo padronizado de ser humano: ocidental, branco, magro, heterossexual e assexuado (5).

A escassez de estudos e de campanhas de prevenção em educação sexual voltadas à população idosa torna importante e necessário evidenciar as práticas exitosas direcionadas a esse público. Diante do exposto, questiona-se: Quais as práticas de educação sexual voltadas aos idosos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis? Onde esse estudo objetiva analisar as práticas de educação sexual voltada aos idosos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.

MÉTODO

Tratou-se de um estudo de revisão integrativa da literatura desenvolvido nas seguintes etapas: identificação do tema e seleção da questão norteadora da pesquisa; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos; definição das informações a serem extraídas destes; avaliação dos incluídos na revisão; análise e interpretação dos resultados e apresentação da revisão (6).

Para a construção da pergunta de pesquisa e seleção dos descritores a serem utilizados para a busca dos documentos, utilizou-se o acrômio PICo, a saber: P=população/paciente; I= intervenção; Co= contexto (7). Portanto, a pergunta de pesquisa foi: “Quais as práticas em educação sexual voltadas aos idosos para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis?”.

Para a seleção, utilizaram-se os Descritores em Ciências da Saúde orientados pelas porções individuais da estratégia supracitada, sendo eles: P= “Saúde do Idoso”; I= “Educação em Saúde” e “Educação Sexual”; Co= “Doenças Sexualmente Transmissíveis”. Os descritores foram articulados utilizando os operadores booleanos “AND” e “OR” e receberam alterações na sua estrutura de acordo com a especificidade da base de dados utilizada.

A busca ocorreu nos meses de março e abril de 2021, utilizando-se o banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Portal Capes, Medline, Web of Science e a literatura cinzenta (Google Acadêmico). Foram apuradas 387.823 publicações, posteriormente foram utilizados os filtros de ano de publicação (2010-2020), visando abranger as produções científicas atuais e de idioma (português), no intuito de angariar as práticas educativas do contexto brasileiro. Após, efetuou-se a leitura criteriosa dos títulos e resumos, sendo excluídos os artigos de revisão sistemática ou integrativa, duplicados e sem relação com a temática. A Figura 1 apresenta o fluxo da seleção criteriosa dos artigos, que resultou em 18 artigos incluídos.

Figura 1 - Etapas da seleção de artigos, de acordo com os critérios estabelecidos nas bases de dados. Brasil, 2021

Fonte: dados dos autores, 2021

Após a análise crítica e a interpretação dos resultados, os achados foram organizados com a síntese do conhecimento produzido e discutidos na perspectiva do referencial crítico-dialógico de Paulo Freire (8).

Quanto aos aspectos éticos, foram respeitados de forma fidedigna as ideias e os dados apresentados pelos autores dos artigos que compõem esta revisão. Por debruçar-se em informações públicas, ele dispensa parecer de aprovação de comitê de ética em pesquisa com seres humanos.

RESULTADOS

Compôs esta revisão o total de 18 artigos. O Quadro 1 expõe a síntese das características dos estudos que implementaram práticas educativas junto ao público de idosos, evidenciando as tecnologias educacionais e processos pedagógicos implementados.

Quadro 1 - Características dos estudos selecionados na revisão integrativa. Brasil, 2021.

N

Autor/

Ano

Tipo/Local

de publicação

Tipo de estudo

Objetivo

1

Araújo et al.; 2020(9)

Artigo/

Revista Texto & Contexto

Quase experimental

Analisar o conhecimento dos idosos atendidos pelo SUS acerca da infecção do HIV/AIDS, antes e após intervenção educativa.

2

Amaral;   et al., 2020(10)

Artigo/

Editora Realize

Relato de Experiência

Descrever a experiência vivenciada pelos acadêmicos de enfermagem durante uma ação educativa sobre IST com a comunidade idosa, em uma ESF em uma cidade do Estado do Pará.

3

Almeida;

2019(11)

Artigo/ Repositório Ufersa

Participativo

Investigar as experiências de vivência da sexualidade de idosos que buscam os serviços do CRAS de Serra do Mel/RN.

4

Cruz;

et al.,

2018(12)

Artigo/

BrazilianJournals

Relato de Experiência

Relatar ações de educação em saúde com foco na prevenção das IST entre idosos do Grupo da Melhor Idade de Esmeraldas, Minas Gerais.

5

Cordeiro

et al.,

2017(13)

Artigo/

Revista Brasileira de Enfermagem

Participativo

Descrever o processo de construção e validação de cartilha educativa para prevenção de HIV/AIDS em idosos.

6

Barreto;

et al., 2015(14)

Artigo/

Editora Realize

Qualitativo

Identificar o comportamento dos idosos e desmistificar tabus referentes à sexualidade na terceira idade.

7

Isoldi;

Cabral;

Simpson,

2014(15)

Artigo/

Revista Rene

Participativo

Analisar o conhecimento de idosos sobre a prevenção da AIDS antes e após a prática educativa.

8

Manso

et al.,

2012(16)

Artigo/Revista Longeviver

Relato de experiência

Relatar a roda de conversa com idosos

sobre sexualidade, com objetivo de auxiliar a educação em saúde e sanar as dúvidas quanto à temática, além de conhecer e entrar em contato com a população local.

9

Laroque;

et al.,

2011(17)

Artigo/

Revista Gaúcha de Enfermagem

Qualitativo

Identificar o comportamento de idosos na prevenção das DST/AIDS.

10

De Lima;

Fernandes;

Miranda, 2020(18)

Artigo/

Revista de Saúde Pública do Paraná

Relato de Experiência

Discorrer sobre uma ação de educação em saúde voltada para os idosos, realizada no âmbito da Atenção Primária em Saúde, desenvolvida por estudantes de medicina.

11

Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia;

2016 (19)

Manual/

Secretaria de Saúde

Material didático

Aperfeiçoar conhecimentos sobre a importância da prevenção de HIV/AIDS e outras DST no âmbito da saúde do idoso.

12

Burigo;

et al.,2015(20)

Artigo/

Revista CuidArte Enfermagem

Relato de Experiência

Descrever o comportamento de pessoas idosas frente às DST, a partir do uso ou não de preservativos, e seus conhecimentos, em especial a AIDS.

13

Zambenedetti;

2012(21)

Artigo/

Revista Saúde e Sociedade

Qualitativo

Apresentar e discutir uma experiência de sala de espera desenvolvida em uma perspectiva interdisciplinar no âmbito da atenção às DST.

14

Santos; Silva; Fonteles, 2017(22)

Artigo/

Revista Expressão Católica Saúde

Relato de Experiência

Relatar uma ação educativa sobre higienização Íntima e IST no Ambulatório de Mastologia da Maternidade Escola de Fortaleza-CE, evidenciando a prevenção de agravos na saúde da mulher.

15

Oliveira, 2014(23)

Artigo/

Revista Interface

Relato de Experiência

Relatar como foi a execução da oficina Vozes em Sintonia no Distrito Federal (DF), dedicada a constituir formas de enfrentamento às DST.

16

Bastos et al, 2018(24)

Artigo/

Ciência e Saúde Coletiva

Quantitativo de intervenção

Avaliar o conhecimento de idosos acerca da sífilis e Aids antes e após a realização de ações educativas.

17

Cezar;

Aires;

Paz,

2012(25)

Artigo/

Revista Brasileira de Enfermagem

Quantitativo

Avaliar o conhecimento de pessoas idosas sobre as ações preventivas para as DST no contexto da ESF.

18

Afonso

et al.,

2015(26)

Artigo/

Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção

Relato de Experiência

Relatar vivências educativas na orientação à população idosa sobre sexualidade e prevenção das IST.

Fonte: dados dos autores, 2021.

Quadro 2 - Síntese das práticas educativas selecionadas na revisão integrativa. Brasil, 2021.

N

Prática educativa

Concepção educativa

1

·Conteúdo em projeção em slides sobre HIV/AIDS, abordou: conceito, transmissão e tratamento.

·Vídeo educativo sobre a vivência de idosos com HIV/AIDS.

·Aplicado um questionário denominado QHIV3I, antes e após a intervenção. (9)                

Não Crítica

2

·Palestra abordou algumas IST como: HIV, Sífilis, Gonorreia e HPV. Utilizou recursos didáticos, como: cartazes manuais e imagens ilustrativas.

·Dinâmica batata quente: sendo passado um balão entre os idosos, quando a música era interrompida se deveria responder uma pergunta sobre o tema. (10)

Não Crítica

3

·Apresentação: nome, idade e com quantos anos começou a namorar.

·Divisão em grupos para elaborar e entregar um texto sobre o que é sexualidade.

·Apresentação de slide com representações de prevenção e sexualidade na velhice.

·Vídeo contextualizando o sexo na terceira idade.

·Diálogo sobre o tema a partir de questões que envolvem a visão do idoso sobre a educação sexual. (11)

Crítica

4

·Palestra informativa sobre prevenção e o diagnóstico do HIV/AIDS. (12)

Não Crítica

5

·Diagnóstico situacional levantou crenças como “idoso não precisa usar camisinha”, “idoso não pega Aids”, “camisinha só serve para evitar gravidez”, “quem tem Aids é rejeitado da sociedade”, “Aids é a mesma coisa que HIV”;

·Construção e validação de cartilha considerando tais lacunas e mitos. (13)

Crítica

6

·Dinâmica de interação,

·Questionário norteador:

“O que vocês entendem por sexualidade?”;

“Vocês recebem informações sobre sexualidade?” e “O que mais vocês desejam saber sobre o tema?”

·A dúvida mais frequente foi “Qual a influência da Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus na sexualidade?”. (14)

Crítica

7

·Aula expositiva dialogada, considerando o conhecimento prévio dos idosos sobre a AIDS.

·Questionário contendo questões fechadas sobre aids. (15)

Crítica

8

·Duas Rodas de conversa com os temas:

1.“Infecções Sexualmente Transmissíveis e uso dos preservativos masculino e feminino”, e

2.       Dúvidas que surgiram no primeiro encontro sobre HPV e o Câncer de Colo de Útero. (16)

Crítica

9

Entrevista semiestruturada contendo quatro questões abertas sobre o acesso às informações preventivas e ao uso de preservativo, orientação sobre métodos preventivos e dúvidas existentes. (17)

Crítica

10

·Acolhimento, triagem e avaliação da Caderneta do Idoso;

·Formação de grupos separados por sexo. Discussão orientada por um banner “Vamos falar de sexo?”, com perguntas e respostas de assuntos referentes a preconceito e tabus, mudanças que ocorrem no corpo, formas de melhorar o desempenho sexual e definição e prevenção de IST;

· Distribuição de camisinhas masculinas, femininas e lubrificantes. (18)

Não Crítica

11

·Oficinas Educativas: Tenda da Sabedoria, Baile dos idosos, Roda de Conversa, Bingo da Sexualidade e Tabuleiro Humano;

·Atividades: do dado, foto de pessoas aparentemente saudáveis, sensibilidade, espelho e tira-dúvidas. (19)

Crítica

12

·Questionário com perguntas fechadas quanto ao uso de preservativos, conhecimento da AIDS/DST e da própria saúde sexual.

·Orientações sobre métodos preventivos e esclarecimento de dúvidas existentes.

·Distribuição de cartilhas do Ministério da Saúde sobre a AIDS, hepatites, bem como, preservativos femininos e masculinos. (20)

Crítica

13

· Levantamento com os idosos das situações de risco, assim como os motivos que levam as pessoas a usar (ou não) o preservativo, buscando novas alternativas e possibilidades. (21)

Crítica

14

·Palestra sobre práticas de higiene íntima, a partir de placas impressas que continham dúvidas como: “é indicado usar sabonete íntimo diariamente?”; “faz bem dormir sem calcinha?”; “é indicado usar protetor diário durante todo o dia?”.

·Discussão sobre IST a partir de um folder sobre principais doenças (sífilis, tricomoníase, herpes e HPV) e a importância do uso de camisinha. (22)

Não Crítica

15

·Casos clínicos sobre Aids, sífilis e grupos de vulnerabilidade, incluindo os idosos. (23)

Crítica

16

·Oficinas utilizando recursos como slides, placas ilustrativas e cadernos ilustrativos sobre AIDS e sífilis do Ministério da Saúde. Foram discutidos assuntos relacionados ao conhecimento, formas de transmissão, grupos de risco, prevenção e tratamento de Aids e sífilis, e esclarecidas dúvidas. (24)

Não Crítica

17

·Os idosos que declararam receber orientação em consultas relataram que essa teve o enfoque no preservativo. (25)

Não Crítica

18

·Oficinas educativas, intituladas “Tenda da Sabedoria”, “Baile dos Idosos” e “Roda de Conversa” abordando a sexualidade do idoso, o conhecimento acerca da transmissão das doenças e formas de prevenção.

·Distribuição de materiais educativos, preservativos.

·Encaminhamentos e testagem para sorologia de Hepatites B e C, HIV e Sífilis. (26)

Crítica

Fonte: dados dos autores, 2021.

O compilado dos artigos incluídos permite apreciar as práticas educativas brasileiras voltadas aos idosos sobre as IST nos últimos 10 anos. Quanto às características, tratam de publicações do tipo artigo e um manual didático (A11), esses artigos apresentam-se com as seguintes abordagens: relato de experiência (A1, A2, A4, A8, A10, A12, A14, A15, A18), qualitativa (A6, A9, A13), participativa (A3, A5, A7) e quantitativa (A16, A17),

Em síntese, apreende-se que essas publicações tiveram como objetivo: analisar o conhecimento e percepções dos idosos sobre as práticas sexuais, bem como favorecer momentos de troca de experiências e de desmistificação sobre o tema, compartilhando informações sobre as principais doenças e formas de prevenção. Destaca-se ainda que algumas publicações tiveram como foco a atualização profissional sobre o tema, esses artigos também foram incluídos pois tratam de práticas educativas voltadas aos idosos, ainda que indiretamente.

As ferramentas e materiais educativos elaborados nos estudos incluem: questionários, palestras, gincanas, dinâmicas, oficinas educativas, distribuição de preservativos e lubrificantes e cartilhas sobre o tema. Importa destacar que alguns estudos também utilizaram materiais e recursos provindos do Ministério da Saúde, como camisinhas, lubrificantes, caderneta do idoso, materiais educativos e cartilhas (A10, A12, A18).

Quanto ao número de participantes nos estudos elencados, variou de seis (A9) até 560 (A18) idosos, e ainda indiretamente vez que algumas práticas foram voltadas a profissionais de saúde e radialistas (A11, A15). Verifica-se que o público idoso participante muitas vezes já participava de outros grupos ou atendimentos no serviço como em consultas (A2, A3, A4, A11, A14, A15), grupos de convivência (A14), assistência social (A10 e A18) ou especializada em IST (A8, A10, A12, A13 e A14).

Quanto à concepção educativa, as práticas podem se diferenciar entre não crítica e crítica, ressalta-se que essa determinação derivou da interpretação dos autores a partir da leitura dos artigos à luz do referencial de Paulo Freire (2019), considerando as premissas adotas mediante: conteúdo abordado, método aplicado e a relação educadora x educando. Assim, não necessariamente, o uso de técnicas interativas sejam críticas, bem como as expositivas sejam não críticas, mas a possibilidade da apreensão de um processo dialógico e emancipatório da prática educativa envolvendo as referidas premissas.

Após leitura dos artigos na íntegra, categorizaram-se alguns como sendo de concepção não crítica (A1, A2, A4, A8, A14, A16, A17), pois abordaram conteúdos previamente definida, de maneira expositiva e hierarquizada. Isso pode ser apreendido, principalmente através das técnicas utilizadas que incluem: questionário de avaliação de conhecimento, palestra, aula expositiva.

Outros estudos demonstram caráter crítico (A3, A5, A6, A7, A9, A10, A11, A12, A13, A15, A18) pois buscaram apreender o tema de interesse, por meio de discussões e de forma horizontalizada. Tais práticas são reveladas pelo relato de encontros abertos para as dúvidas e diálogo e utilizando técnicas que favorecem a participação dos envolvidos como gincanas e dinâmicas. O Gráfico 1 demonstra uma série temporal das publicações segundo a concepção educativa.

Gráfico 1: Evolução das publicações sobre práticas educativas em sexualidade com idosos conforme a tendência pedagógica entre 2010 - 2020. Brasil, 2021

Quanto aos temas abordados, além de tratar o conceito das IST especificamente (A1, A2, A4, A5, A8, A10, A14, A15, A16, A18), alguns trataram de métodos preventivos (A4, A5, A9, A10, A12, A14, A16, A17, A18), a sexualidade na terceira idade (A3, A5, A6, A7, A9, A10, A11, A12, A13, A15, A18), câncer de colo do útero (A8) e higiene íntima (A14), denotando-se que todas essas temáticas favorecem a prevenção das IST.

DISCUSSÃO

A partir do processo dessa revisão integrativa apreende-se que é vasto o número de publicações que envolvem os descritores propostos, no entanto quando refinado às publicações atuais do contexto brasileiro, essas se tornam escassas, refletindo uma média de dois artigos por ano. Isso pode ser explicado devido ao fato do principal tipo de publicação que respondeu à pergunta de pesquisa ser o relato de experiência, que geralmente são restritos em quantidade na edição dos periódicos, mas também a falta de outros tipos de estudos qualitativos, participativos e até mesmo quantitativos que analisem essa temática.

Depreende-se como um desafio quando o objetivo principal dos artigos, é analisar o conhecimento dos idosos antes, durante ou após a prática educativa. Isso porque, dessa forma, têm-se as prerrogativas de certo ou errado ou de (in)suficiência de conhecimento. É importante reconhecer que práticas dialógicas voltadas para o mundo dos idosos de forma simples, podem favorecer a participação e o compartilhamento das vivências e saberes (8).

O tema da sexualidade é permeado de crenças e tabus mesmo em faixas etárias mais jovens, logo é importante combater práticas que reforcem incapacidades dos idosos, pois podem refletir estereótipos relacionados à idade reforçando a discriminação, conhecida como ageísmo, termo criado, em 1969, por Robert Butler, gerontologista norte-americano, que “seria o ato de você criar estereótipos, geralmente negativos, ou discriminar pessoas ou um grupo de pessoas baseados na sua idade” (27).

Assim, para evoluir com as práticas educativas voltadas aos idosos, a atenção na formação e educação em saúde voltada aos profissionais é fundamental, pois muitos têm limitações não somente para práticas educativas participativas, vez que se encontram inseridos no modelo biomédico que visa o assistencialismo, mas da própria temática de saúde do idoso, já que em muitas universidades a disciplina gerontogeriátrica não integra o currículo (28).

Dentre as ferramentas utilizadas, pode-se perceber que tais práticas educativas utilizam uma diversidade de tecnologias (29). Tecnologias leves como oficinas, dinâmicas, consultas médicas e de enfermagem; Tecnologias leve-duras como panfletos, cartilhas e a caderneta do idoso e Tecnologias duras como teste rápido, camisinha, lubrificante, rádio, projetor de imagens e vídeos. As tecnologias educacionais abordaram aspectos relacionados à assistência e ao autocuidado de idosos, provenientes da construção de um saber técnico-científico resultante de investigações, aplicações de teorias e da experiência cotidiana dos profissionais com os usuários, que visaram facilitar processos de ensino-aprendizagem (30).

As concepções pedagógicas interpretadas como críticas e não críticas, à luz de Freire remetem à prática bancária e problematizadora, na qual a bancária implica uma espécie de anestesia, inibindo o poder criador dos educandos, a educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica um constante ato de desvelamento da realidade (8). Dessa forma, denota-se a relevância do diálogo, principalmente em relação à população idosa, a qual em sua maioria não teve contato com educação sexual, uma vez que antigamente o debate sobre sexo era feito principalmente com homens, heterossexuais e mulheres não tinham acesso a esse assunto antes do casamento (31).

Esse debate, muitas vezes, é realizado com os jovens que estão iniciando a vida sexual, nesse contexto a terceira idade é esquecida. Cabe ressaltar que os focos das práticas educativas nas publicações selecionadas, mesmo as consideradas críticas, ainda refletem uma atenção à saúde heteronormativa. Práticas e políticas em sexualidade dos idosos precisam ser mais abertas e inclusivas à diversidade sexual, para isso é fundamental oportunizar o diálogo (32). É por meio da ação dialógica que se torna possível a percepção biopsicossocial da sexualidade, como um conceito mais amplo que permeia diversas formas de vivências e expressões ao longo da vida (33).

O fato de alguns estudos compartilharem que os idosos participantes já eram incluídos em outras atividades da unidade, mostra a importância de ambientes organizados para a construção de saberes coletivos. O ambiente acolhedor, receptivo e que proporciona interação social é um facilitador para o desenvolvimento de práticas educativas com idosos (34).

Os diferentes saberes, percepções e contribuições advindos de uma prática educativa colaborativa, em que todos os indivíduos e seus conhecimentos são valorizados e compartilhados por meio do diálogo, permitem a construção de conhecimento a partir de vivências e análise crítica sobre seus próprios processos/concepções. A criticidade de suas próprias vivências e de outros seres, em comunhão, é fator que potencializa o repensar a prática e integrar o aprendido no seu cotidiano (8).

CONCLUSÃO

As práticas educativas voltadas a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis se mostram diversas e efetivas ao combate de IST, analisadas como relevantes e necessárias para o combate, já que o público idoso é deixado de lado no quesito educação sexual referente a IST. Os profissionais que elaboram as mesmas, as fazem focadas na terceira idade, com um conteúdo acessível e de fácil linguagem para a compreensão dos ouvintes.

Sendo assim, na visão progressista da educação, o educador tem um papel mais humanista, a qual o compromisso principal é com o real, visando à transformação mediatizada com os homens. Muitas vezes, tais práticas não se propõem a sair do comum, tratando ainda a sexualidade como um tabu, principalmente quando relacionado à terceira idade.

Desse modo, conclui-se que as práticas educativas apresentadas nessa revisão integrativa, abordam a saúde sexual do idoso de forma sucinta e didática, focando em conceitos, prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, mas pouco diversa e abrangente em relação às possibilidades das vivências sexuais relacionadas público feminino e a orientação sexual.

REFERÊNCIAS

1.IBGE. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da População do Brasil por sexo e idade para o período de 1980-2050 – revisão 2008. Brasília: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). [Internet] Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv41229.pdf>.

 

2.Ribeiro JMF. Uma abordagem sobre a sexualidade na terceira idade. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso. [sn]. [Internet]. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/2516/1/T_16753.pdf 

 

3.Ministério Da Saúde. Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST): o que são, quais são e como prevenir - revisão 2021. Ministério da Saúde. [Internet] Disponível em:http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/infeccoes-sexualmente-transmissiveis-ist

 

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