Saberes e práticas tradicionais de saúde da população amazônica

TRADICIONAL HEALTH KNOWLEDGE AND PRACTICES OF THE AMAZON POPULATION

CONOCIMIENTOS Y PRÁCTICAS TRADICIONALES DE SALUD DE LA POBLACIÓN AMAZÓNICA

Juliana Pereira de Araújo -  Enfermeira. Atualmente cursa mestrado na Universidade Estadual do Amazonas. Possui graduação em Enfermagem pela Faculdade Unigran Capital (2014). Especialista em Urgência e Emergência pela Faculdade Ampére-FAMPER, Especialista em Enfermagem em UTI pela Faculdade Futura, Especialista em Docência em Enfermagem pela Faculdade Futura. ORCID: 0000-0002-0332-6562

Lorena Cavalcante Lôbo -  Enfermeira, Mestrada em Saúde Coeltiva. ORCID: 0000-0002-7415-9183

Rayssa da Conceição Brito de Souza -  Mestrada em Saúde Coeltiva. Docente na SEDUC/AM. ORCID: 0000-0002-4281-6417

Ângela Xavier Monteiro -  Doutorada em Ciências: Ortodontia e Odontologia em saúde coletiva. Professora Adjunta na Universidade do Estado do Amazonas. ORCID: 0000-0002-5175-4537

Giane Zupellari dos Santos Melo -  Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestra em Patologia Tropical pela Universidade Federal do Amazonas. Graduada em Enfermagem pela Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí. Professora do curso de Enfermagem e  do mestrado em Saúde Coletiva da Universidade do Estado do Amazonas.  ORCID: 0000-0003-1161-8677

Rita de Cassia Fraga Machado - Doutora em Educação; Rede Brasileira de Mulheres Filósofas UNESCO - Rede de Mulheres Filósofas da América Latina; Vice-Coordenadora do PPG em Educação UEA/AM. Universidade do Estado do Amazonas - CEST/UEA. ORCID: 0000-0002-7385-3771

RESUMO

Objetivo: identificar os saberes e práticas de saúde da população amazônica no uso das plantas medicinais. Método: A pesquisa refere-se a uma revisão integrativa da literatura científica realizada em publicações no período dos últimos cinco anos – de 2016 a 2021, em bases de dados BVS, LILACS, PubMed/Medline, e no Portal de periódicos da CAPES. Em todas as bases, os descritores usados foram “plantas medicinais” and “Amazônia”, com o operador booleanoand”. Resultados: Foram selecionados 11 artigos, que tratavam do conhecimento tradicional local sobre o uso de plantas medicinais como fundamental na manutenção da saúde nas comunidades amazônicas. Conclusão: o estudo permitiu apontara diversidade de plantas para a utilização e para o desenvolvimento de novos medicamentos, bem como a necessidade da valorização de conhecimento tradicional e sociocultural no uso dessas ervas, sejam em suas folhas, frutos, caules ou raízes.

Descritores: Medicina tradicional;Conhecimentos; Atitudes e Prática em Saúde; Amazônia.

ABSTRACT

Objective:The articleaimstoidentifytheknowledgeandhealthpracticesoftheAmazonianpopulation in the use of medicinal plants.Method: The researchreferstoanintegrativereviewofthescientificliteraturecarried out in publications in theperiodofthelastfiveyears - from 2016 to 2021, in BVS, LILACS, PubMed/Medlinedatabases, and in the CAPES journals Portal. In alldatabases, thedescriptorsusedwere “medicinal plants” and “Amazônia”, withtheBooleanoperator “and”.Results: Elevenarticleswereselected, whichdealtwith local traditionalknowledgeaboutthe use of medicinal plantsas fundamental in maintaininghealth in Amazoniancommunities. Conclusion: thestudyallowedusto point out thediversityofplants for the use anddevelopmentof new medicines, as well as theneedtovaluetraditionaland sociocultural knowledge in the use oftheseherbs, whether in theirleaves, fruits, stemsor roots.

Descriptors: Medicine Traditional;  Health Knowledge; Attitudes Practice; Amazonian.

RESUMEN

Objetivo: identificar los saberes y prácticas de salud de lapoblación amazónica enel uso de plantas medicinales.Método: La investigación se refiere a una revisión integradora de la literatura científica realizada enpublicacionesemel período de los últimos cinco años - de 2016 a 2021, enlas bases de datos BVS, LILACS, PubMed/Medline y enel Portal de revistas CAPES. En todas las bases de datos, losdescriptores utilizados fueron “plantas medicinales” y “Amazônia”, com el operador booleano “y”. Resultados: Se seleccionarononce artículos, que trataban sobre los saberes tradicionaleslocales sobre el uso de las plantas medicinales como fundamentalesenelmantenimiento de lasaludenlascomunidades amazónicas. Conclusión: elestudiopermitióseñalarladiversidad de plantas para el uso y desarrollo de nuevos medicamentos, así como lanecesidad de valorizar losconocimientostradicionales y socioculturalesenel uso de estas hierbas, yaseaen sus hojas, frutos, tallos o raíces.

Descriptores: Medicina tradicional;Conocimientos; Actitudes y Práctica em Salud; Amazónico

RECEBIDO: 09/10/2022

APROVADO: 20/11/2022

INTRODUÇÃO

A relação do homem com as plantas é denominada, pela ciência, como etnobotânica. Trata-se do ramo do conhecimento que desenvolve pesquisas sobre como as práticas medicinais se relacionam com ramos da medicina e da biologia, como a botânica, a farmacologia e a química (1).

Historicamente, a relação do homem com os vegetais é complexa desde as primeiras civilizações. Tanto com a caça-e-coleta como com a agricultura, a observação dos efeitos das plantas foi uma atividade que permitiu o acúmulo de conhecimentos sobre as relações de cada espécime com a saúde, possibilitando, assim, o desenvolvimento da etnobotânica, a ciência que estuda a relação das várias comunidades e culturas com as plantas (2).

As plantas, deste modo, passaram a ser usadas com diversas finalidades, como alimentação, tratamento de doenças e males, rituais místicos e religiosos, comércio e artesanato. A cura, por meio das plantas, passou a ser realizada tanto pela visão medicinal sobre os vegetais, como por sua relação com benzimentos e outros rituais (1,3,4).

O conhecimento tradicional local sobre o uso de plantas medicinais ainda é muito difundido nas comunidades amazônicas, tanto para o tratamento de doenças como para o auxílio ao parto. Existe consenso sobre a utilização de várias plantas medicinais. No Brasil, essa relação se dá principalmente pela complexa teia cultural do país, que mesclou a cultura portuguesa, culturas africanas e culturas autóctones indígenas, majoritariamente. Além dessas três grandes manifestações culturais, o país ainda sofreu influências de diversos povos da Europa e da Ásia (5).

O conhecimento tradicional da população da Amazônia se associa à biodiversidade notável da região, sendo um local propício para pesquisa (2). Diversos gêneros de vegetais são utilizados para a preparação de sucos, infusões e outras bebidas, ou ainda aplicados diretamente sobre a pele, seja com base em suas folhas, caule, raízes ou frutos (3).

As plantas, na região amazônica, assumem diversos significados. Elas podem ser concebidas como amuletos que oferecem proteção, ou ainda para benzer crianças, para evitar o mau olhado de outros indivíduos, podem ser utilizadas para presentear com banhos aromáticos, podem ser adotadas em partos tradicionais, e também podem ser utilizadas em rituais religiosos, tanto indígenas como afro-brasileiros (2).

Essas plantas se constituem em um elemento relevante do tecido cultural de diversas comunidades. Elas são utilizadas em várias atividades sociais e em processos de cura. Se, por um lado, elas não são utilizadas como fonte de renda – ao menos não como fonte principal de renda –, sendo muitas vezes cultivadas nas residências e propriedades, de outro, elas permitem a troca de conhecimentos e o estabelecimento de relações de convivência (1).

Essas culturas e saberes tradicionais se correlacionam com os medicamentos e conhecimentos da medicina moderna. Há, assim, uma perspectiva híbrida e holística sobre a abordagem em saúde. De fato,o reconhecimento das plantas como sagradas e de grande valor simbólico é comum tanto em religiões afro-brasileiras como em tribos indígenas, e figuras tradicionais emergem desses contextos, como o pajé, líder místico de tribos que utiliza ervas para curas de doenças e males, como também para experiências sobrenaturais(4).

Outras figuras também emergem desses contextos, como as benzedeiras, comuns em todo o Brasil. As benzedeiras atuam correlacionando conhecimentos herbários com a concepção de que a natureza não consiste apenas em um conjunto de instrumentos para a realização de tratamentos. A sua atuação se baseia deste modo, na concepção de que há espíritos envolvidos nos processos naturais, nos ciclos e no próprio funcionamento do corpo humano (5).

Existe dificuldade em correlacionar as questões culturais e a metodologia para a descoberta dos efeitos da aplicação de diversas plantas no tratamento, conforme a sabedoria tradicional das comunidades. Assim, esse processo de estudo sobre as ervas medicinais e seus compostos é complexo e tortuoso. De todo modo, é fundamental para a etnofarmacologia abordar essas correlações, uma vez que são a base para a compreensão de potenciais bioativos (1).

O presente artigo busca responder a seguinte questão: Quais os saberes e práticas de saúde da população amazônica no uso das plantas medicinais? Busca, ainda, compreender as diversidades de manifestações desses conhecimentos, sua transmissão e suas especificidades locais e regionais.

O objetivo geral é identificar os saberes e práticas de saúde da população amazônica no uso das plantas medicinais. Há um contexto de modernidades múltiplas no qual o conhecimento científico ocidental interage com os conhecimentos tradicionais em intersecção na região amazônica (6).

Assim, neste estudo é discutido o papel das práticas de saúde com plantas medicinais na região Amazônica, com base em estudos produzidos sobre este tema, identificando os principais saberes e práticas.

METODOLOGIA

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura que possibilita (7)definir conceitos, revisão de teorias, avaliações de evidências e análises de questões metodológicas sobre determinado assunto, pela síntese de múltiplos estudos publicados, sendo conduzido de forma sistemática, com o objetivo de contribuir para o conhecimento da questão proposta.

Esta pesquisa buscou responder à questão norteadora: Quais os saberes e práticas de saúde da população Amazônica no uso das plantas medicinais?

A seleção dos artigos foi realizada no período entre 28 de maio a 30 de maio de 2021, junto àsbases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Nacional de Medicina (NLM) dos Estados Unidos (PubMed/Medline) e no Portal de periódicos da Coordenação de aperfeiçoamento do pessoal de nível superior (CAPES).  Em todas as referidas bases, os descritores usados foram “plantas medicinais” e “Amazônia”, com o operador booleanoAND”. Os idiomas usados para esses descritores foram português, inglês e espanhol. O acesso à base se deu pelo portal de periódicos da CAPES, mediante o acesso remoto ao conteúdo assinado pelo referido portal da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Os estudos que foram incluídos na presente revisão integrativa satisfizeram aos seguintes critérios de inclusão: estudos publicados nos últimos 5 anos, compreendendo período entre 2016 e 2021; artigos científicos publicados em inglês, espanhol e português, que apresentavam títulos e resumos abordando saberes e práticas de saúde da população amazônica no uso de plantas medicinais.

Foram excluídos documentos, dissertações, teses, capítulo de livros, manuais oficiais, relatórios técnicos, além de artigos que não abordavam o uso de plantas medicinais para a saúde, ou que os estudos cujo uso das referidas plantas fosse abordado sobre animais, a outros países ou de cunho meramente industrial farmacêutico.

No processo de alcance aos resultados apresentados na figura 1, as análises dos critérios de elegibilidade foram conduzidas por três pesquisadores de forma independente, sendo depois reanalisada em conjunto.

Figura 1 – Itens do checklis ta serem incluídos no relato de meta-análise do PRISMA, 2021.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2021).

Na busca inicial, encontrou-se um total de 399 artigos, sem definir período de ano. Após a inclusão no filtro acrescentando publicações de 2016 a 2021, restaram para a leitura 100 publicações. Após a leitura dos títulos e resumos, excluiu-se 8 publicações por estarem duplicadas, restando 92 após essa primeira exclusão. Desses 92 restantes, baseados nos critérios de elegibilidade, foram removidas 76 referências, sendo 40 por não corresponderem à questão norteadora da pesquisa, e 36 por serem teses, dissertações, monografias, livros, revisão, e estudos sobre outros países, restando 16 para serem lidos na íntegra. Após a leitura desses 16 artigos, 5 foram removidos por serem de cunho meramente industrial farmacêutico sem análises socioculturais, restando 11 artigos adequados a esta revisão integrativa.

Os artigos incluídos foram tratados por meio do checklist do Statement for Reporting Systematic Reviewsand Meta-Analyses of Studie (PRISMA) e destes foram extraídas as principais informações acerca dos textos selecionados, as quais foram sistematizadas no quadro 1 contendo: título, autores e ano, população e estado onde foi realizada a pesquisa e delineamento do estudo e no quadro 2 com as seguintes informações: objetivo, saberes e práticas e categoria do estudo. 

Para a análise dos dados, uma categorização dos artigos foi apresentada, considerando-se o objeto de investigação, o público participante e a metodologia empregada.

RESULTADOS

Nesta revisão integrativa, foram analisados 11 artigos que atenderam aos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Sendo que cada um foi publicado nos seguintes periódicos: Revista Fitos (2), Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde (1), Journal of Ethnopharmacology (2), Acta Amazonica (2), Research, Society and Development (1), Boletín Latino americano y del Caribe de Plantas Medicinal esy Aromáticas (2), Sexualidad, Salud y Sociedad – Revista Latino americana (1).

Quadro 1- Lista de trabalhos selecionados, 2021.

Título do Artigo

Autores/Ano

População/

Estado

Método

Ethnobotanyofaromatic medicinal plants: preparationsand uses of local flora in five rural communitieslocated in theregionofBaixo Tocantins, Pará, Brazil. Research, SocietyandDevelopment

Silva, Sousa, Silva, Costa, Albuquerque, Pereira, Mesquita, Silva, Cordeiro (2021)

População Tradicional/

Pará

Entrevistas com 78 participantes. Abordagem qualitativa

As parteiras tradicionais e a medicalização do parto na região rural do Amazonas

Oliveira, Peralta e Sousa (2019)

Comunidades rurais/ Amazonas

Entrevistas com parteiras locais. Abordagem qualitativa

 

Curandeiros Parintintin e benzadeiras: reprodução do saber popular de cura 

 

Clarindo, Strachulski e Floriani (2019)

População indígena/ Amazonas

Entrevistas com os curandeiros locais. Abordagem qualitativa

Etnobotánica de plantas medicinalesenlacomunidad de Caruarú,

Isladel Mosqueiro, Belém-PA, Brasil

Mesquita e Tavares-Martins (2018)

População Tradicional/

Pará

Entrevista semiestruturada- Índices de diversidade e equidade de Shannon-Wiener,

Abordagem quantitativa

Ethnobotanicalstudyof medicinal plants in urban home gardens in the

cityof Abaetetuba, Pará state, Brazil

Palheta, Tavares-Martins, Lucas, Jardim (2017)

 

População Urbana/Pará

Entrevista semiestruturada com os proprietários de 233 hortas selecionadas por amostragem probabilística.

Abordagem qualitativa

Use andtraditionalknowledgeofByrsonimacrassifoliaand B. coccolobifolia (Malpighiaceae) in a Makuxi

communityofthe Roraima savanna, northernBrazil

Oliveira, Scudeller e Barbosa (2017)

 

População indígena/

Roraima

Entrevista semiestruturada com 60 participantes.

Abordagem qualitativa

Ethnobotanicalstudyofantimalarialplants in themiddleregionofthe Negro River, Amazonas, Brazil

 

Tomchinsky, Ming, Kinupp, Hidalgo, Chaves (2017)

Comunidades tradicionais/

Amazonas

Entrevistas com 52 especialistas de oito comunidades de Barcelos.

Abordagem qualitativa

Culture-BoundSyndromesof a BrazilianAmazonRiverinepopulation: Tentativecorrespondencebetweentraditionalandconventional medicine termsandpossibleethnopharmacologicalimplications

Pagani, Santos e Rodrigues (2017)

População ribeirinha/ Amazonas

Entrevistas com 59 curandeiros.

Abordagem qualitativa

Etnobotânica das Plantas Medicinais Cultivadas nos Quintais do Bairro de Algodoal em Abaetetuba/PA

Ferreira, Rodrigues e Costa (2016)

População tradicional/

Pará

Entrevista semiestruturada com 44 moradores do bairro de Algodoal.

Abordagem quantitativa

Química e etnofarmacologia de plantas místicas em uma comunidade amazônica

Ferreira e Tavares-Martins (2016)

População tradicional/

Pará

Entrevista semiestruturada dialogada. Abordagem qualitativa

AntimalarialplantsusedbyindigenouspeopleoftheUpper Rio Negro in Amazonas, Brazil

Kffuri,  Lopes, Ming, Odonne, Kinupp (2016)

População indígena /Amazonas

Observação participante, entrevista semiestruturada e caminhadas etnobotânicas com 89 informantes em cinco comunidades indígenas

Fonte: Elaborado pelas autoras (2021).

No Quadro 1 pode-se observar que dentre as publicações encontradas, o ano de maior ocorrência dos estudos sobre o tema em questão foi 2017, com 4 trabalhos (36,4%), seguido dos anos 2016 e 2019, o primeiro com 3 estudos (27,3%) e o último com 2 artigos (18,2%). Em referência ao idioma dos trabalhos, a língua inglesa e a língua portuguesa tiveram um predomínio 45,5% em cada língua correspondendo a 5 artigos em cada idioma contabilizando 10 artigos, seguido do espanhol com 1 estudo (9,1%).

O Quadro 2 apresenta as informações sobre os saberes e práticas encontrados nos estudos no que tange ao uso das plantas medicinais assim como a categoria em relação a sua utilização nas comunidades estudadas.

Quadro 2 – Síntese das plantas medicinais na dimensão social e na saúde, 2021.

Objetivo

Saberes e Práticas

Dimensão Principal Abordada

Fazer o levantamento da flora medicinal e aromática utilizadas pelos moradores de cinco comunidades rurais, bem como, as indicações, as partes das plantas mais utilizadas, os modos de preparo dos remédios caseiros e verificar os valores de concordância de uso principal das espécies

Nessas comunidades, as plantas medicinais aromáticas, além de tratar doenças, fazem parte da cultura, dos costumes e fortalecem as relações sociais e de convivência

Social

Analisar a atuação das parteiras em comunidades rurais de uma Reserva Extrativista do Amazonas, descrevendo seus papéis na atualidade, como produzem e reproduzem suas práticas e como se dá a interação entre saberes científicos e tradicionais

A interação entre os conhecimentos científicos e os tradicionais acontece mesmo quando invisibilidade as práticas e os conhecimentos das parteiras. Todavia, reconhecer essas outras práticas deve ser um caminho para o desenho de políticas públicas que sejam mais adequadas à realidade social das mulheres na Amazônia

Saúde

Discutir os saberes relacionados à cura de doenças, movimentados em um contexto de modernidades múltiplas, por benzedeiras localizadas na região sul do Brasil e por indígenas Parintintin localizados ao norte, no Estado do Amazonas

Valoriza-se os saberes e práticas que possuem base cognitiva semelhante e que vão se metamorfoseando ao longo dos anos, organizando por e através deles outras experiências espaciais, porém demostra sobre as práticas tracionadas pelas instituições que findam por não valorizar as culturas

Social

Estudar etnobotanicamente as plantas medicinais da comunidade de Caruarú, Ilha de Mosqueiro-PA, e busque suas aplicações fitoquímicas e farmacológicas

Estudos em comunidades tradicionais são importantes porque tem a valiosa missão de resgatar e manter vivo este conhecimento, a fim de compreender e melhorar as relações do homem com os recursos vegetais

Social

Avaliar, de uma perspectiva etnobotânica, a medicina plantas que ocorrem em jardins residenciais urbanos no norte Brasil

Identificou-se 124 espécies em 107 gêneros e 55 famílias. Das espécies medicinais identificadas, 17,6% foram consideradas eficazes no tratamento de doenças infecciosas e parasitárias. As hortas avaliadas abrigaram grande diversidade de espécies medicinais

Saúde

Investigar o conhecimento e usos tradicionais dos mirixis na Comunidade Indígena Darora, da etnia Makuxi, na Terra Indígena São Marcos, no estado de Roraima

Os resultados mostraram que ambas as espécies são usadas com finalidades nas categorias alimentícia, combustível e medicinal na Comunidade Darora, e o conhecimento é amplamente compartilhado entre homens e mulheres, independentemente da faixa etária.

Saúde/ Social

Estudar o uso de plantas antimaláricas no município de Barcelos, Amazonas, Brasil

Nossos resultados indicam que a população de Barcelos é detentora de um rico conhecimento sobre o uso de plantas medicinais antimaláricas e pode contribuir para o desenvolvimento de novas drogas antimaláricas

Saúde

Relatar as manifestações clínicas e terapêuticas recursos utilizados para o tratamento de CBS entre alguns ribeirinhos habitantes da Amazônia brasileira

Foi possível constatar a proposição de estudos farmacológicos direcionados aos recursos naturais utilizados por essas comunidades

Saúde

Realizar um levantamento das plantas medicinais ocorrentes nos quintais dos moradores do bairro de Algodoal em Abaetetuba, Pará, bem como sistematizar e analisar as informações sobre as espécies utilizadas para fins terapêuticos, visando registrar e preservar os conhecimentos dos moradores sobre

a utilização das plantas medicinais cultivadas em seus quintais e suas possibilidades de ação farmacológica

Entre as indicações mais frequentes para o uso dos remédios estão as doenças do sistema digestivo e as doenças culturais, com mais de 20% de indicações cada. Desta forma, foi possível constatar o grande conhecimento sobre o uso de plantas medicinais cultivadas nos quintais urbanos de Abaetetuba

Saúde

Realizar um levantamento de plantas místicas utilizadas pela Comunidade Caruaru, fornecendo dados químicos e farmacológicos sobre as espécies citadas

Verificou-se expressivo uso cultural dos vegetais, o qual tem sido transmitido para gerações seguintes, principalmente, para as mulheres, tidas como gerenciadoras do lar

Social

Documentar as plantas medicinais utilizadas contra a malária por povos indígenas em região do Alto Rio Negro e revisar

a literatura sobre a atividade antimalárica e o uso tradicional das espécies citadas

O conhecimento tradicional local sobre o uso de antimaláricos ainda é muito difundido nas comunidades indígenas do Alto Rio Negro, onde foram registradas 46 espécies de plantas utilizadas contra a malária, porém pouco valorizado em análises biomédicas

Saúde

Fonte: Elaborado pelas autoras (2021). 

De acordo com o quadro 02, todos os 11 textos selecionados abordam o contexto da saúde, porém 4 (quatro) trabalhos tiveram um enfoque principal no contexto social com a dimensão sociocultural, com o uso de plantas medicinais na transmissão de saberes entre as gerações e entre a comunidade, desse modo, criando uma teia social. Outros 6 (seis) trabalhos se referem à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e sobre o saber popular e sua importância na prática terapêutica, e 1 (um) texto abordou ambas dimensões, tanto a sociocultural como as práticas de saúde com as plantas medicinais.

A maioria dos artigos refere-se ao uso das plantas medicinais e suas práticas de cuidado voltadas para atender às necessidades de saúde, passíveis de cuidados no âmbito familiar e comunitário. Um deles aborda o uso de plantas medicinais em práticas de parteiras tradicionais durante o trabalho de parto e o nascimento e dois tratam de saberes e práticas de doenças específicas, relacionado à etnobotânica de plantas antimaláricas, e outro estudo referente ao uso de plantas antimaláricas nas comunidades indígenas.

Em relação ao público investigado, 3 (três) trabalhos foram conduzidos com populações indígenas, sendo dois no estado do Amazonas e um em Roraima. 4 (quatro) artigos tratam de comunidades tradicionais e esses estudos aconteceram no estado do Pará, outro estudo abordou no contexto urbano a utilização das plantas medicinais. Outros três estudos abordam sobre populações tradicionais.

DISCUSSÃO

No que se refere aos aspectos socioculturais das práticas de cuidado em saúde, o uso de plantas medicinais agrega práticas populares de cuidados que superam as dimensões das práticas em saúde, possibilitam trocas de conhecimentos, saberes, de culturas, fortalecem as relações sociais e de convivência (6).

A literatura ressalta a importância dessas práticas pela dimensão do seu valor cultural, e devem ser consideradas em discussões sobre saúde pública, visto que essa população utiliza tais práticas como estratégia de resistência social e cultural, como enfretamento as iniqüidades de serviços e políticas públicas da sociedade brasileira (8).

Atribuindo-se uma relação diferenciada e harmônica que as populações tradicionais estabelecem com a natureza no uso de plantas medicinais. Tais recursos resgatam e mantêm vivo o conhecimento entre as gerações, estabelecem uma teia de relações sociais com a comunidade na qual estão inseridos (6).

Entre as formas de socialização dos saberes de cuidado, a familiar foi a mais citada pelos autores. Em alguns casos, é possível encontrar o predomínio do sexo feminino exercendo o papel de facilitadora para a transmissão de conhecimento para as próximas gerações da família (1), assim como no estudo em uma comunidade de Caruaru(8), o qual relata que as mulheres são principalmente donas de casa e os homens exercem atividades voltadas para a agricultura com o cultivo de mandioca para a fabricação de farinha. Mas, duas mulheres da comunidade fabricam diversos tipos de farinha a partir da educação que receberam de suas mães e hoje ensinam seus filhos sobre essa atividade, o mesmo se aplica aos saberes do uso de plantas medicinais. Pode-se constatar o empoderamento feminino e as dimensões socioculturais de saúde.

Na presente pesquisa, dois estudos relataram o uso de plantas medicinais nas práticas místicas como o ato de benzer, tirar o “mau olhado”, afastar as energias negativas, utilizando os recursos naturais, como as plantas para a preparação de banhos, chás, xaropes (1,10). Em um dos estudos (11), os moradores do bairro de Algodoal, uma população ribeirinha, relatam que utilizam a planta espada de são Jorge para proteger a sua casa e afastar o “mau olhado” e, ainda, exercer caráter ornamental na fachada da residência. No estudo (8) realizado na Comunidade Caruaru, em uma população tradicional, há a crença na capacidade de algumas plantas afastarem energias negativas provindas de terceiros, utilizando estas na preparação dos banhos de cheiro e banhos para descarrego.   

O uso de recursos terapêuticos naturais foi identificado em populações tradicionais, ribeirinhas, indígenas e urbana.  Um estudo (2) com populações que vivem ao longo do Rio Negro, no município de Barcelos, Amazonas, abordou os fatores que podem ser associados ao uso de plantas antimaláricas e encontrou a facilidade ou dificuldade no acesso a estas, sua segurança, sua eficiência no tratamento assim como o acesso a outras formas de tratamento. Em outro estudo (3)investigou-se o conhecimento e usos tradicionais dos mirixis na Comunidade Indígena Darora, da etnia Makuxi, na Terra Indígena São Marcos, no estado de Roraima, e constatou-se os usos dessa planta para fins na alimentação, combustível e medicamentos.

Assim, nas práticas analisadas, percebe-se que na zona urbana de uma cidade foi relatado que essa população urbana mesmo tendo acesso aos serviços de saúde com mais facilidade quando comparada com as populações tradicionais, os moradores que possuem horta nas suas residências cultivam plantas medicinais e estas são usadas não apenas para fins terapêuticos, mas também como um reflexo de suas heranças culturais(12).

Diante do exposto, percebe-se que as dinâmicas de produção dos saberes e práticas dos cuidados em saúde da população amazônica com as plantas medicinais possuem uma série de aspectos que incluem a aprendizagem familiar e com as gerações passadas, a observação, a experimentação e a socialização de saberes em grupos sociais.

Outro ponto que merece destaque são as práticas de saúde da população no cuidado comunitário e familiar expressa diante das dificuldades na atenção necessária a todos os indivíduos, e da missão de se promover a universalidade do acesso à saúde, evidenciando o potencial de plantas medicinais no tratamento de diversas doenças e males (6).

De fato, há estudos que apontam que as plantas medicinais se constituem na única opção dos indivíduos para tratarem suas doenças, ou ainda aliviarem os sintomas sofridos, sobretudo quando eles vivem em comunidades afastadas dos centros urbanos, sem acesso a medicamentos oferecido em unidades de saúde (13).

Mesmo em ambientes urbanos, muitos indivíduos estão em áreas afastadas, ou convivem com a falta de medicamentos nas unidades de saúde pública, e não possuem recursos financeiros para adquiri-los em farmácias particulares. O uso de plantas medicinais para a manutenção ou para a recuperação do bom estado de saúde é valioso no contexto de várias comunidades no Brasil, assim como em alguns centros urbanos. Essas plantas, muitas vezes cultivadas em quintais, são vistas como tratamentos de primeira linha para muitas doenças, assim como elas representam uma alternativa de baixo custo aos medicamentos industrializados (12).

Na sabedoria popular, elas possuem indicações semelhantes às encontradas na literatura médica, como febre, gripe e infecções para aipo e estômago, náuseas e fígado para boldo, por exemplo, (14). Nem sempre, porém, os conhecimentos tradicionais se expressam em resultados positivos no uso de plantas. Existem casos de plantas usadas para repelir insetos que resultaram em eritemas e vesículas. Por outro lado, há relatos de plantas com resultados positivos na contracepção, pela regulação do volume de espermatozóides (1).

Os chás de plantas medicinais, de fato, são indicados para uma série de enfermidades, como dores, problemas intestinais e estomacais, doenças hepáticas, doenças reprodutivas femininas e diversos males espirituais (11,12). Os saberes e as técnicas tradicionais também são importantes na atuação como parteiras, sendo utilizados chás de ervas caseiras como cominho e chá de barba para acelerar as contrações, e chá de folha de algodão para a expulsão da placenta (9).

A validação da eficácia desses fármacos ainda é necessária. Esses estudos (2,10) permitirão o desenvolvimento de novos medicamentos para a malária, difundindo, eventualmente, o uso de medicamentos tradicionais em sistemas de saúde locais e mais baratos que levam em consideração os aspectos culturais da cura de doenças.

Em muitas localidades, as populações, como representação de sua localização geográfica, possuem um elevado e abrangente conhecimento sobre as plantas medicinais com que eles convivem. Esses conhecimentos levam ao cultivo de muitas plantas em quintais urbanos e em pequenas propriedades rurais, visando ao consumo próprio, tanto de forma isolada como de modo a complementar a medicina oficial (11).

As plantas medicinais fazem parte dos jardins de muitas residências e são propagadas nas comunidades, sendo utilizadas, inclusive, contra transtornos comportamentais. Existem plantações em regiões urbanas, como em Ponta Grossa, no estado do Paraná (6), como também em Abaetetuba, no Pará (11,12)e em Caruaru, na ilha do Mosqueiro, em Belém, no Pará (8).

Existe dificuldade em correlacionar as questões culturais e a metodologia para a descoberta dos efeitos da aplicação de diversas plantas em dado tratamento, conforme a sabedoria tradicional das comunidades. Assim, esse processo de estudo sobre as ervas medicinais e seus compostos é complexo. De todo modo, é fundamental para a etnofarmacologia abordar essas correlações, uma vez que são a base para a compreensão de potenciais bioativos (15).

A despeito da grande variedade presente na flora brasileira e por todas as expressões culturais no uso de plantas, inclusive de forma medicinal, observados no Brasil, o estudo sobre a eficácia dessas espécies nos tratamentos e de seus compostos para o desenvolvimento de novos fármacos ainda é escasso, diante da magnitude de possibilidades de pesquisas. O potencial é gigantesco, porém é um ramo de pesquisa ainda em fase inicial(8).A região da Amazônia, deste modo, se destaca por uma riqueza inestimável em recursos naturais para o tratamento de afecções das populações ribeirinhas, além de ser ideal para o desenvolvimento de estudos e pesquisas.

CONCLUSÃO

A população amazônica é definida pela diversidade de raças, etnias, povos, religiões, culturas, sendo característica da população rural brasileira uma variedade de ecossistemas e biodiversidade, representados pelas populações tradicionais.

Essa população possui saberes e técnicas tradicionais de cura e cuidados, repassados a ela conhecimentos culturalmente variados ao longo do tempo, sendo práticas integradas adquiridas de geração a geração. A importância da valorização cultural em práticas para a saúde dos povos tradicionais como uma dádiva da reciprocidade, pois, entre essas populações, o valor das coisas não pode ser superior ao valor da relação, sendo o simbolismo fundamental para a vida social. 

Os artigos desta revisão integrativa sobre a temática consideraram perspectivas holísticas evidentes sobre os saberes e práticas, e se apresentaram com bases cognitivas semelhantes, num processo de resistência dessas vivências dos povos ao longo do tempo, enfatizando curas e cuidados tradicionais como os modos de vidas necessários, para além de ser uma alternativa ocasionada pelo acesso mínimo às políticas públicas de saúde efetivas e eficazes do Sistema Único de Saúde (SUS). As práticas fazem parte de suas culturas, perpetuando saberes que carecem de reconhecimento pelos profissionais de saúde e ciências afins.

Contudo, nas comunidades amazônicas os relatos das populações tradicionais se referem ao uso das plantas medicinais para o tratamento de doenças, cura e cuidados culturalmente vivenciados nos costumes e convivência com as pessoas mais idosas, que fortalecem a disseminação do conhecimento para os mais jovens, sendo essa relação social de respeito mútuo ao fazer parte da convivência dessa população, carente e invisibilizada pela atenção em saúde ofertada pelo SUS, assim como por profissionais da saúde que se distanciam da abordagem sociocultural desse contexto e relação ontológica com a natureza.

A interação entre os profissionais de saúde do SUS – conhecimentos científicos e os tradicionais – acontece quando a sociedade reconhece tais práticas como sendo um caminho para o desenho de políticas públicas adequadas à realidade social dos povos tradicionais e sua relação com a natureza como modo de vida.

É necessário interligar a valorização das práticas tradicionais com os conhecimentos médico-científicos, para o reconhecimento e construção de justiças sociais dos campos social e cultural dos povos autóctones, que têm o direito de interagir com autonomia, participação popular e vivenciar sua diversidade socioambiental na construção de racionalidades ambientais relacionadas à qualidade de vida desses povos. 

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