TRATAMENTO HOSPITALAR DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO EM MINAS GERAIS EM 2021 – SÉRIE TEMPORAL DE 2012 A 2021

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2024v14i89p13150-13165

Palavras-chave:

Câncer de Colo de útero, Procedimentos hospitalares, Análise temporal, Epidemiologia

Resumo

O câncer de colo do útero (CCU) é o terceiro tumor mais frequente na população feminina. Devido à importância da morbimortalidade decorrente desta neoplasia, políticas públicas de saúde vêm sendo desenvolvidas no Brasil desde meados dos anos 80. A detecção das lesões em estadiamento inicial é determinante para o prognóstico e conduta a ser adotada, de forma que lesões de estadiamento mais avançado, frequentemente, requerem procedimentos mais invasivos e internações hospitalares. Apesar das medidas de prevenção e controle adotadas atualmente, se faz necessário o monitoramento das taxas de prevalência de procedimentos hospitalares que tiveram como causa o câncer de colo de útero e sua letalidade, com a finalidade de se contribuir no planejamento das ações de prevenção. OBJETIVO: descrever a frequência de procedimentos hospitalares motivados por CCU, em Minas Gerais, e observar a tendência dos mesmos para a série 2012 a 2021. MÉTODO: O presente trabalho consiste em estudo observacional, ecológico, descritivo para procedimentos hospitalares motivados por CCU em 2021, em Minas Gerais; e analítico para a série temporal de 2012 a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para Minas Gerais em 2021, foram realizados 2122 procedimentos hospitalares motivados por CCU. A faixa etária mais prevalente foi a de 35 a 44 anos, seguida da faixa etária 45 a 54 anos. Do total de procedimentos, as internações para tratamento de paciente oncológico foi o mais frequente, seguido de dois outros procedimentos de ordem clínica. A análise da série temporal apresentou redução significativa quando observados os procedimentos de maneira global (todas as faixas etárias) e para as faixas etárias 35 a 44 anos e 45 a 54 anos. CONCLUSÃO: Apesar da tendência de melhora de alguns indicadores, quando observada a série histórica, os indicadores que circundam o agravo precisam continuar sendo monitorados para que sejam verificados os reais impactos das ações propostas para a melhoria do cenário geral e em especial às faixas etárias que não apresentaram redução dos índices. Devem ser consideradas intervenções não apenas na esfera da saúde, mas que abranjam também indicadores socioeconômicos e humanitários.

Biografia do Autor

Fernando Victor Martins Rubatino, Docente pesquisador do UNIPAC. Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Saúde Coletiva do UNIPAC/Barbacena.

Graduado em Farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001). É especialista em Políticas e Pesquisa em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina, NATES, da Universidade Federal de Juiz de Fora (2008). Possui Mestrado (2014) e Doutorado (2017) em Ciências da Saúde pelo IEP da Santa Casa de Belo Horizonte. Tem experiência como docente nas áreas de Saúde Pública e Farmacologia. Tem interesse em pesquisas em Epidemiologia (Estudos Ecológicos e Séries Temporais) bem como Genética e Farmacologia. Domina o planejamento, execução e análise de metodologias de Biologia Molecular, principalmente aquelas relativas à análise de níveis de transcritos (expressão gênica); HRM para metilação, variação do número de cópias (CNV) e genotipagem.

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Publicado

2024-03-13

Como Citar

Martins Rubatino, F. V., Pereira Lopes, I. L.,  Lazarotti, M. de P.,  Loureiro Rubatino, A. L., René Hoelzle, C., Fonseca Costa de Alvarenga, Érika L., Alves Costa, R., & Knopp, P. L. (2024). TRATAMENTO HOSPITALAR DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO EM MINAS GERAIS EM 2021 – SÉRIE TEMPORAL DE 2012 A 2021. Saúde Coletiva (Barueri), 14(89), 13150–13165. https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2024v14i89p13150-13165

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos