ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO TRABALHO E SÍNDROME DE BURNOUT EM POLICIAIS MILITARES EM UM GRANDE CIDADE DO ESTADO DA BAHIA
BURNOUT SYNDROME IN MILITARY POLICE OFFICERS IN A LARGE CITY IN THE STATE OF BAHIA
ASPECTOS PSICOSOCIALES DEL TRABAJO Y SÍNDROME DE BURNOUT EN POLICÍAS MILITARES DE UNA GRAN CIUDAD DEL ESTADO DE BAHÍA
Autores
Ermillo Campos Lima - Mestre em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2022). Bacharel em Enfermagem (UEFS/2014). Bacharel em Segurança Pública pela Academia de Polícia Militar da Bahia (2006). ORCID: 0009-0006-7921-247X
Éder Pereira Rodrigues - Doutor em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (UFBA/2019), Mestre em Saúde Coletiva (UEFS/2011); Bacharel em Enfermagem pela (UEFS/2001) e Bacharel em Saúde pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Professor Adjunto/Doutor do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. ORCID: 0000-0002-5972-2871
Joselice Almeida Góis - Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. Enfermeira especialista em Terapia Intensiva. Professora Assistente/Doutoranda do Departamento de Saúde da Estadual de Feira de Santana. ORCID: 0000-0001-8870-3509
Davi Félix Martins Júnior - Graduado em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/1992). Mestre em Saúde Comunitária pelo Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA/1997). Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde (PPGMS/UFBA/2018). Professor Adjunto/Doutor do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana. ORCID: 0000-0002-7687-7373
Carlito Lopes Nascimento Sobrinho - Graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1991). Mestre em Saúde Comunitária pelo Instituto de Saúde Coletiva (UFBA/1996). Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, (UFBA/2004) Professor Pleno/Doutor do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana. ORCID: 0000-0002-6387-3760
RESUMO
INTRODUÇÃO: O policial militar atua em um contexto social e profissional com muitas peculiaridades, numa rotina de alta demanda, cobranças e incertezas. A dinâmica de atuação no policiamento ostensivo e o dever constitucional do enfrentamento ao crime, mesmo com o risco à própria vida expõe esse trabalhador ao desenvolvimento de doenças relacionadas ao trabalho como a Síndrome de Burnout. OBJETIVOS: Estimar a prevalência e investigar a associação entre os aspectos psicossociais do trabalho e a Síndrome de Burnout em policiais militares na cidade de Feira de Santana, Bahia. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, populacional. Foi utilizado um instrumento autoaplicável, validado e anônimo contendo questões de identificação geral e informações gerais sobre o trabalho; o Job Content Questionnaire (JCQ) para identificar os aspectos psicossociais do trabalho e o Maslach Burnout Inventory (MBI) utilizado para a identificação da Síndrome de Burnout. Foi utilizada a Razão de Prevalência para medir a associação entre as variáveis estudadas. RESULTADOS: A prevalência da Síndrome de Burnout considerando somente o nível alto nas 03 dimensões foi de 12,7%. A situação de alta exigência (alta demanda e baixo controle) no Job Content Questionnaire, apresentou forte associação com a Síndrome de Burnout nas duas Unidades Policiais estudadas. CONCLUSÕES: Observou-se elevada prevalência e uma forte associação entre a situação de alta exigência e a Síndrome de Burnout entre os trabalhadores estudados. Espera-se que os achados desse estudo cooperem para o desenvolvimento de estratégias de intervenção promotoras da saúde nesse segmento ocupacional.
Descritores: Polícia; Esgotamento Profissional; Saúde Ocupacional
ABSTRACT
INTRODUCTION: The military police officer works in a social and professional context with many peculiarities, in a routine of high demand, demands and uncertainty. The dynamics of acting in ostensible policing and the constitutional duty to combat crime, even at risk to one's own life, exposes these workers to the development of work-related illnesses such as Burnout Syndrome. OBJECTIVES: To estimate the prevalence and investigate the association between psychosocial aspects of work and Burnout Syndrome in military police officers in the city of Feira de Santana, Bahia. METHODS: Cross-sectional, population-based study. A self-administered, validated and anonymous instrument was used containing general identification questions and general information about the work; the Job Content Questionnaire (JCQ) to identify the psychosocial aspects of work and the Maslach Burnout Inventory (MBI) used to identify Burnout Syndrome. The Prevalence Ratio was used to measure the association between the variables studied. RESULTS: The prevalence of Burnout Syndrome considering only the high level in the 03 dimensions was 12.7%. The high demand situation (high demand and low control) in the Job Content Questionnaire showed a strong association with Burnout Syndrome in the two Police Units studied. CONCLUSIONS: There was a high prevalence and a strong association between high demand and Burnout Syndrome among the workers studied. It is expected that the findings of this study will contribute to the development of intervention strategies that promote health in this occupational segment.
Keywords: Police; Burnout, Professional; Occupational Health.
RESUMEN
INTRODUCCIÓN: Los policías militares trabajan en un contexto social y profesional con muchas peculiaridades, en una rutina de alta exigencia, demandas e incertidumbres. La dinámica de ostentación policial y el deber constitucional de enfrentar el crimen, aún a riesgo de la propia vida, exponen a estos trabajadores al desarrollo de enfermedades relacionadas al trabajo, como el Síndrome de Burnout. OBJETIVOS: Estimar la prevalencia e investigar la asociación entre los aspectos psicosociales del trabajo y el Síndrome de Burnout en policías militares de la ciudad de Feira de Santana, Bahia. MÉTODOS: Estudio transversal de base poblacional. Se utilizó un instrumento autoadministrado, validado y anónimo que contenía preguntas generales de identificación e información general sobre el trabajo; el Cuestionario de Contenido del Trabajo (JCQ) para identificar los aspectos psicosociales del trabajo y el Inventario de Burnout de Maslach (MBI) utilizado para identificar el Síndrome de Burnout. Se utilizó el Ratio de Prevalencia para medir la asociación entre las variables estudiadas. RESULTADOS: La prevalencia del Síndrome de Burnout considerando solamente el nivel alto en las 03 dimensiones fue de 12,7%. La situación de alta exigencia (alta exigencia y bajo control) en el Cuestionario de Contenido del Trabajo mostró una fuerte asociación con el Síndrome de Burnout en las dos unidades policiales estudiadas. CONCLUSIONES: Hubo una alta prevalencia y una fuerte asociación entre alta demanda y Síndrome de Burnout entre los trabajadores estudiados. Se espera que los resultados de este estudio contribuyan al desarrollo de estrategias de intervención que promuevan la salud en este segmento ocupacional.
Palabras clave: Policía; Burnout profesional; Salud ocupacional
Tipo de artigo: Artigo Original
Recebido:26/04/2024 Aprovado:22/07/2024
INTRODUÇÃO
A Polícia Militar, como parte da estrutura da Segurança Pública nos Estados, se apresenta como necessária para a manutenção das relações sociais e fiscalização das práticas individuais e coletivas que se contrapõem à ordem social1. O trabalhador policial militar, em relação a outras profissões, se destaca pelo elevado nível de tensão e desgaste emocional. Ele é, ao mesmo tempo, sujeito e usuário da segurança pública. Seus esforços confluem à prevenção e combate às atividades criminosas.
O militar estadual traz em seu Estatuto o juramento o maior sacrifício que pode existir para um trabalhador que é colocar em risco a própria vida1. Para tanto, ele precisa se cercar de cuidados técnicos e de saúde, para que os riscos a sua integridade física e mental sejam atenuados.
Essa atividade laboral exige tomada de decisão assertiva e, ocasionalmente, enérgica. Esse trabalhador expõe diariamente a sua integridade física e sua própria vida, numa jornada de trabalho considerada exaustiva tanto física como mentalmente. Minayo, Assis e Oliveira2, em estudo que discutiu o impacto das atividades profissionais na saúde física e mental dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro, concluíram que as corporações policiais se destacam de outras categorias profissionais pela elevada carga de trabalho e sofrimento e os policiais operacionais estão mais suscetíveis a riscos e agravos decorrentes da sua profissão2.
Mesquita3 discute que o estresse relacionado ao trabalho, se não administrado corretamente, pode levar ao desenvolvimento de doenças como hipertensão, diabetes, ansiedade, depressão e a Síndrome de Burnout, o que pode resultar em incapacidade para o trabalho.
Dentre os possíveis agravos à saúde de policiais militares está a Síndrome de Burnout (SB). A SB, de acordo com a OMS4, é resultado do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. Na 11ª revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-11 recebeu o código QD85. A SB é caracterizada por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional.
Karasek5 desenvolveu um modelo de análise do trabalho conhecido como demanda-controle. Esse modelo considera duas dimensões que podem favorecer o desgaste no trabalho: as demandas psicológicas caracterizadas pelo ritmo e intensidade no trabalho e o controle, que está relacionado a habilidade e a autonomia referida pelo trabalhador com o trabalho executado.
O mesmo autor desenvolveu o Job Content Questionneire (JCQ), instrumento que permite a construção de quadrantes baseados em combinações de aspectos da demanda psicológica e do controle das atividades: baixa exigência (combinação de baixa demanda e alto controle), trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle), trabalho ativo (alta demanda e alto controle) e alta exigência (alta demanda e baixo controle), sendo adaptado para o contexto brasileiro por Araújo, Graça e Araújo6.
Estudos que investigaram a relação entre os aspectos psicossociais do trabalho medidos pelo JCQ e a SB observaram que a alta demanda e o baixo controle (situação de alta exigência) apresentaram forte associação com a SB6,7,8,9,10. Assim, a partir desse recorte, esse estudo tem por objetivo estimar a prevalência e investigar a associação entre os aspectos psicossociais do trabalho e a Síndrome de Burnout em policiais militares de Feira de Santana, Bahia.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo de corte transversal, populacional, com trabalhadores da 65ª Companhia Independente de Polícia Militar e na Base Comunitária de Segurança do George Américo, que pertencem à 66ª Companhia Independente de Polícia Militar de Feira de Santana, Bahia.
A coleta de dados foi realizada no período de julho a novembro de 2020, por meio da distribuição de um instrumento validado, autoaplicável, individual e acompanhado do TCLE. Visando minimizar transtornos, para o trabalhador que não podia interromper suas atividades para o preenchimento do instrumento, era agendada uma data para a coleta do instrumento devidamente preenchido. Reuniões semanais foram realizadas com toda a equipe para entrega e revisão dos questionários.
Foi realizado estudo piloto em uma outra Companhia de Polícia localizada no Município de Santa Bárbara, distante 50 km de Feira de Santana, para verificar a adequação, clareza, o tempo aproximado de preenchimento e problemas na devolutiva do instrumento de coleta de dados. Foi realizada ampla campanha de divulgação do estudo entre os trabalhadores envolvidos.
Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento dividido em blocos de questões, incluindo informações sobre: 1° identificação geral do participante; 2° informações gerais sobre o ambiente de trabalho. 3° características psicossociais do trabalho, medidas pelo Job Content Questionnaire (JCQ). 4° bloco: avaliação da Síndrome de Burnout pelo Maslach Burnout Inventory (MBI).
O JCQ permite a construção de quadrantes baseados em combinações de aspectos da demanda psicológica e do controle das atividades; baixa exigência (combinação de baixa demanda e alto controle), trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle), trabalho ativo (alta demanda e alto controle) e alta exigência (alta demanda e baixo controle)6.
Para A Construção Dos Indicadores De Demanda E De Controle Foi Realizado O Somatório Das Variáveis Referentes A Cada Um Desses Indicadores, Considerando-se As Ponderações Previstas Na Operacionalização Do Modelo. Para A Dicotomização Da Demanda (Baixa/alta) E Do Controle (Baixo/alto) Foi Definida A Mediana Como Ponto De Corte. Com Base Nos Pressupostos Assumidos No Modelo Demanda-controle, O Trabalho Realizado Em Condições De Alta Demanda E Baixo Controle (Alta Exigência) Foi Considerado Como A Situação De Maior Exposição. No Outro Extremo, Se Encontra O Trabalho De Menor Exposição, Ou Seja, Com Baixa Demanda E Alto Controle (Baixa Exigência). As Demais Combinações Foram Consideradas Situações De Trabalho De Exposição Intermediária6.
A versão do JCQ em português inclui 41 questões: 17 a respeito de controle sobre o trabalho (6 sobre habilidades e 11 sobre poder de decisão), 13 perguntas sobre demanda (8 sobre demanda psicológica e 5 sobre demanda física), e 11 perguntas sobre suporte social. Trinta e oito questões foram medidas em uma escala de 1 a 4 (1 = discordo fortemente; 2 = discordo; 3 = concordo e 4 = concordo fortemente) 6.
Para detecção da SB, foi utilizado o Maslach Burnout Inventory (MBI), que é composto por 22 afirmações sobre sentimentos e atitudes que englobam três dimensões fundamentais da síndrome divididos em três escalas de sete pontos, que variam de 0 a 6, possibilitando descrever de forma independente, cada uma das dimensões. A exaustão profissional é avaliada por nove itens, a despersonalização por cinco e a realização pessoal por oito. Para exaustão emocional, uma pontuação ≥ 27 indica nível alto; de 17 a 26 nível moderado; e ≤ 16, nível baixo. Para despersonalização, pontuação ≥ 13 indica nível alto, de 7 a 12 moderado e ≤ 6, nível baixo. A pontuação relacionada à ineficácia vai em direção oposta às demais, pois, uma pontuação de zero a 31 indica nível alto, de 32 a 38 nível moderado e ≥ 39, nível baixo11.
Por não haver consenso na literatura para a interpretação da escala do MBI, os resultados foram apresentados segundo os critérios sugeridos por Tucunduva e colaboradores12 que caracterizaram como SB, a presença do nível alto nas três dimensões.
Foi realizada dupla digitação dos dados coletados para identificar e corrigir possíveis erros de digitação, utilizando-se o programa EpiData for Windows versão 3.1 e para a análise estatística foi utilizado o programa Satistical Package for Social Science (SPSS®) for Window versão 17.0.
A análise descritiva dos dados foi realizada a partir do cálculo da frequência absoluta e relativa das variáveis categóricas e das medidas de tendência central e dispersão das variáveis numéricas contínuas.
Foi investigada a associação entre o resultado do JCQ (variável preditora principal); com a presença da SB (variável desfecho). A razão de prevalência (RP) foi utilizada para medir a associação entre as variáveis estudadas. Como o estudo foi populacional, não foram utilizados cálculos de significância estatística13.
Todos os participantes foram informados dos objetivos do estudo e consentiram em participar após a leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Participaram do estudo policiais militares com no mínimo de 02 anos de serviço, independente da faixa etária. O estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa por meio do Parecer nº 5.056.852, CAAE nº 50570221.5.0000.0053, seguindo as recomendações formais14.
RESULTADOS
A coleta de dados resultou em 157 questionários respondidos, representado 95% da população inicialmente elegível (165), sendo 115 da 65ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e 42 da Base Comunitária de Segurança do George Américo (BCS-GA). Em virtude da singularidade da missão das Unidades estudadas, os resultados foram apresentados e analisados separadamente.
A 65ª CIPM tem atuação mais voltada para o policiamento ostensivo tradicional. Nessa Unidade a maioria dos participantes era do sexo masculino (79,1%), que se autodeclaram pardos (65,2%), com média de idade de 40 ± 6,9 anos, nível superior (63,5%), casados/união estável (78,3%) e com filhos (80,9%). A maioria não tem o hábito de beber (53,9%) nem de fumar (92,1%) e declararam estar acima do peso ideal (49,6%).
A BCS-GA se caracteriza como policiamento comunitário15, que visa desenvolver uma nova parceria entre a PM e a comunidade, para juntos buscarem a solução dos problemas vivenciados. Os resultados indicaram que a maioria dos participantes é do sexo masculino (88,1%), se autodeclaram pardos (64,3%), com média de idade de 38,6 ± 6,2 anos, nível superior (78,6%), casados/união estável (76,2%) e possuem filhos (69%). A maioria não tem o hábito de beber (61,9%) nem de fumar (97,6%) e declararam estar acima do peso ideal (54,8%).
O efetivo que participou da pesquisa é composto principalmente por Praças, seja na 65ª CIPM (93,9%) ou BCS-GA (97,6%). A maioria tem até 15 anos de serviço, tanto na 65ª CIPM (66,1%) como na BCS-GA (73,8%) e atua na função operacional (65ª CIPM 69,6% e BCS-GA 76,2%).
A prevalência geral da SB na presença do nível alto nas três dimensões foi de 12,7%. Na 65ª CIPM a prevalência da SB foi de 13,9% (16) na presença do nível alto nas três dimensões e de 44,3% na presença de nível alto em apenas uma dimensão e na da BCS-GA foi de 9,5% e de 59,5% respectivamente (Tabelas 2 e 3).
Tabela 1 – Caracterização sociodemográfica dos policiais militares da 65ª CIPM e da BCS-GA/66ª CIPM, Feira de Santana, Bahia, 2022.
Variável |
65ª CIPM |
BCS-GA |
||
N |
% |
N |
% |
|
Sexo |
|
|
|
|
Masculino |
91 |
79,1 |
37 |
88,1 |
Feminino |
24 |
20,9 |
5 |
11,9 |
Cor da pele |
|
|
||
Branca |
10 |
8,7 |
8 |
19 |
Amarela |
0 |
0 |
1 |
2,4 |
Parda |
75 |
65,2 |
27 |
64,3 |
Origem indígena |
1 |
0,9 |
0 |
0 |
Preta |
28 |
24,3 |
6 |
14,3 |
Não sabe |
1 |
0,9 |
0 |
0 |
Idade |
|
|
||
Até 39 anos |
60 |
52,2 |
24 |
57,1 |
40 anos ou mais |
55 |
47,8 |
18 |
42,9 |
Escolaridade |
|
|
||
Nível superior |
73 |
63,5 |
33 |
78,6 |
Escolaridade básica |
42 |
36,5 |
9 |
21,4 |
Situação conjugal |
|
|
||
Com relação conjugal |
90 |
78,3 |
32 |
76,2 |
Sem relação conjugal |
25 |
21,7 |
10 |
23,8 |
Tem filhos |
|
|
||
Sim |
93 |
80,9 |
29 |
69 |
Não |
18 |
15,7 |
11 |
26,2 |
Não respondeu |
4 |
3,4 |
2 |
4,8 |
Hábito de beber |
|
|||
Sim |
53 |
46,1 |
16 |
38,1 |
Não |
62 |
53,9 |
26 |
61,9 |
Hábito de fumar |
|
|||
Não fumante |
106 |
92,2 |
41 |
97,6 |
Ex-fumante |
7 |
6,1 |
1 |
2,4 |
Fumante |
2 |
1,7 |
0 |
0 |
Pratica atividade física |
|
|||
Sim |
87 |
75,7 |
35 |
83,3 |
Não |
28 |
24,3 |
7 |
16,7 |
Peso ideal |
|
|
||
Sim |
51 |
44,3 |
14 |
33,3 |
Abaixo |
7 |
6,1 |
5 |
11,9 |
Acima |
57 |
49,6 |
23 |
54,8 |
Posto ou Graduação |
|
|
||
Praça |
108 |
93,9 |
41 |
97,6 |
Oficial |
7 |
6,1 |
1 |
2,4 |
Tempo de Serviço |
|
|
||
Até 15 anos |
76 |
66,1 |
31 |
73,8 |
16 anos ou mais |
39 |
33,9 |
11 |
26,2 |
Função |
|
|
||
Operacional |
80 |
69,6 |
32 |
76,2 |
Administrativa |
35 |
30,4 |
10 |
23,8 |
Total |
115 |
100 |
42 |
100 |
Tabela 2 - Prevalência da Síndrome de Burnout e das suas três dimensões (Exaustão Emocional, Despersonalização e Baixa Realização Profissional) em policiais militares da 65ª CIPM, Feira de Santana, Bahia, 2022.
Exaustão Emocional |
N1 |
% |
Alto |
51 |
44,4 |
Moderado |
35 |
30,4 |
Baixo |
29 |
25,2 |
Despersonalização |
||
Alto |
29 |
25,3 |
Moderado |
40 |
34,7 |
Baixo |
46 |
40,0 |
Ineficácia |
||
Alto |
30 |
26,1 |
Moderado |
25 |
21,7 |
Baixo |
60 |
52,2 |
Total |
||
Prevalência da Síndrome de Burnout |
||
Três dimensões |
16 |
13,9 |
Uma dimensão |
51 |
44,3 |
Tabela 3 - Prevalência da Síndrome de Burnout e das suas três dimensões (Exaustão Emocional, Despersonalização e Baixa Realização Profissional) em policiais militares da BCS-GA – 66ª CIPM, Feira de Santana, Bahia, 2022.
Exaustão Emocional |
N1 |
% |
Alto |
20 |
47,4 |
Moderado |
13 |
31,0 |
Baixo |
09 |
21,4 |
Despersonalização |
||
Alto |
13 |
31,0 |
Moderado |
16 |
38,0 |
Baixo |
13 |
31,0 |
Ineficácia |
||
Alto |
10 |
23,8 |
Moderado |
14 |
33,4 |
Baixo |
18 |
42,8 |
Total |
||
Prevalência da Síndrome de Burnout |
||
Três dimensões |
04 |
9,5 |
Uma dimensão |
25 |
59,5 |
Observou-se que as situações de alta exigência e trabalho passivo apresentaram as mais elevadas prevalências da SB tanto na 65ª CIPM como na BCS-GA com 17,6% e 17,8%; 18,2% e 9,0% respectivamente (Tabelas 4 e 5).
Tabela 4 – Prevalência e Razão de Prevalência (RP) da associação entre os aspectos psicossociais do trabalho (modelo demanda-controle) e a Síndrome de Burnout em policiais militares da 65ª CIPM, Feira de Santana, Bahia, 2022.
Variável |
Resultado final do burnout |
N |
% |
Razão de Prevalência |
|||
Positivo |
Negativo |
||||||
JCQ |
n |
% |
n |
% |
|
|
|
Alta Exigência* |
6 |
17,6 |
28 |
82,4 |
34 |
100 |
- |
Trabalho Passivo |
4 |
17,8 |
19 |
82,2 |
28 |
100 |
1 |
Trabalho Ativo |
5 |
17,4 |
23 |
82,6 |
23 |
100 |
1 |
Baixa Exigência |
1 |
3,3 |
29 |
96,7 |
30 |
100 |
5,3 |
Total |
16 |
99 |
115 |
100 |
|
* A situação de alta exigência foi adotada como numerador para o cálculo da Razão de Prevalência.
Tabela 5 – Prevalência e Razão de Prevalência (RP) da associação entre os aspectos psicossociais do trabalho (modelo demanda-controle) e a Síndrome de Burnout em policiais militares da BCS-GA/66ª CIPM, Feira de Santana, Bahia, 2022.
Variável |
Síndrome de burnout |
N |
% |
Razão de Prevalência |
|||
Positivo |
Negativo |
||||||
JCQ |
n |
% |
n |
% |
|
|
|
Alta Exigência* |
2 |
18,2 |
9 |
81,8 |
11 |
100 |
- |
Trabalho Passivo |
1 |
9,0 |
10 |
91,0 |
12 |
100 |
2,0 |
Trabalho Ativo |
1 |
8,3 |
11 |
91,7 |
11 |
100 |
2,2 |
Baixa Exigência |
0 |
0 |
8 |
100,0 |
8 |
100 |
- |
Total |
4 |
9,5 |
38 |
90,5 |
42 |
100 |
|
* A situação de alta exigência foi adotada como numerador para o cálculo da Razão de Prevalência.
DISCUSSÃO
A prevalência geral da SB nos policiais militares pesquisados foi de 12,7%, resultado expressivo, pois foi considerado o nível alto nas três dimensões do MBI.
Em estudo realizado por Nascimento Sobrinho e colaboradores7 para estimar a prevalência da SB em uma população de médicos intensivistas em Salvador, Bahia e por Góis e colaboradores10 em Feira de Santana, Bahia, observou-se uma prevalência da SB de 7,4% e 1,9% respectivamente, quando considerado o nível alto nas 03 dimensões da síndrome.
Tironi, e colaboradores8, em estudo realizado para estimar a prevalência em uma amostra de médicos intensivistas de cinco capitais brasileiras, estimaram uma prevalência de 5,0% da SB, quando considerado o nível alto nas três dimensões simultaneamente.
Considerando os altos níveis de burnout encontrados neste e em outros trabalhos, Barros e colaboradores16 sugerem que essa síndrome pode ser considerada um problema de saúde ocupacional, produzindo implicações para os profissionais, familiares, usuários do serviço e para a organização. O contexto de trabalho (filosofias de policiamento) é um importante ponto de partida para indicar possíveis contribuições dessa pesquisa para os policiais militares.
Em estudo sobre identificação preliminar da SB em policiais militares, Lima e colaboradores17 observaram uma prevalência da SB de 17,3% em policiais do sexo masculino e 4,8% no sexo feminino. Os autores ainda descrevem que a maioria dos policiais com burnout estava na faixa etária entre 18 e 30 anos, com 17,3%, seguido da faixa entre 41 a 53 anos com 16,7%. No estudo da SB e fatores relacionados a força de trabalho da polícia mexicana, Torres-Vences e colaboradores18 não observaram associação entre a faixa etária e as dimensões do burnout.
Maslach, Schaufelli e Leiter19 defendem que os fatores que influenciam na ocorrência da SB são: estresse crônico, pressão excessiva, conflitos e baixo reconhecimento. Nascimento Sobrinho e colaboradores7 afirmam que o maior desafio ainda é identificar os principais fatores relacionados a síndrome. Neste sentido, tanto características pessoais, do trabalho, como os aspectos psicossociais do trabalho devem ser estudadas como possíveis fatores associados a síndrome.
De acordo com Ferreira e colaboradores20, mais da metade dos PM identificou seu trabalho como de baixo controle (56,4%) e alta demanda física (53,9%), sendo identificado como de alta exigência para 27,8%. Essa classificação concentrou os maiores riscos à saúde dos policiais. Segundo Alcântara e colaboradores21, ambientes de trabalho com alta demanda profissional exercem efeito direto na capacidade para o trabalho. Os participantes com alta demanda profissional apresentaram 3,17 vezes mais despersonalização quando comparados com os que apresentaram baixa demanda17.
A principal dimensão da SB presente entre os policiais estudados foi a exaustão emocional, que é considerada a primeira reação ao estresse gerado pelas exigências do trabalho. Uma vez exaustos, os trabalhadores sentem cansaço físico e emocional, com dificuldade de relaxar e de desempenhar as suas atividades19,8. As características desta dimensão, em comparação com as outras, permitem que ela seja aceita e assumida com facilidade pelo profissional ao expressar aspectos consistentes do burnout22.
Diante da evolução dos sintomas psicológicos e físicos, o profissional desenvolve a despersonalização, caracterizada por atitudes frias e negativas, dispondo tratamento depreciativo com relação às pessoas diretamente envolvidas com o trabalho. O trabalhador passa a se comportar com cinismo e ironia com os receptores do seu trabalho19,22,23 e 16. Essa dimensão apresentou a segunda maior prevalência nesse estudo.
Segundo alguns autores, esse quadro pode evoluir para a situação de ineficácia, com diminuição da autoconfiança e sensação de fracasso, ocorrendo sentimento de redução da realização pessoal e no trabalho24,25,23,16. Nesse estudo a ineficácia foi observada em quase um quarto da população estudada. É importante destacar que esta dimensão é considerada, pelos autores, como a última reação ao estresse gerado pelas exigências do trabalho24,25.
A elevada prevalência de burnout observada na situação de alta exigência do modelo demanda-controle confirmam a principal predição do modelo: o trabalho em alta exigência concentra os maiores riscos à saúde dos trabalhadores. A prevalência elevada de burnout na situação de trabalho passivo, quando comparada ao trabalho ativo, sugere que o trabalho realizado em baixo controle, ainda que em situação de baixa demanda, pode ser mais prejudicial à saúde mental dos policiais militares. Esses achados sugerem que o controle pode ter um papel mais relevante que a demanda psicológica na produção de sofrimento psíquico nesses trabalhadores. Esse resultado não difere dos obtidos por Tironi e colaboradores8 e por Góis e colaboradores10 em médicos intensivistas.
Entende-se que o objetivo desse estudo foi alcançado. Ele é pioneiro no sentido de estimar a prevalência e investigar a associação entre os aspectos psicossociais do trabalho e a SB em policiais militares de uma grande cidade do interior da Bahia. Porém, se faz necessário tecer algumas considerações metodológicas. Inicialmente se deve considerar as limitações do delineamento transversal, pois esse desenho de estudo não permite estabelecer nexo de causalidade e sim identificar associações. Todavia, essa característica se articula ao objetivo do estudo, pois o delineamento possui potencial para levantar hipóteses e subsidiar propostas de intervenção.
Outra limitação desse estudo foi a utilização de questionário autoaplicável, pois o sujeito da pesquisa pode não responder a todas as questões, dificultando o controle das perdas de informação. Para minimizar essa limitação, foi realizado estudo piloto com o objetivo de verificar o entendimento e o tempo para a devolução do questionário. Foi realizada também uma campanha de divulgação da pesquisa nas unidades policiais estudadas, buscando minimizar as limitações relativas à compreensão do instrumento e como consequência reduzir a perda de informações.
CONCLUSÕES
Os resultados encontrados revelaram uma elevada prevalência da Síndrome de Burnout entre os policiais militares estudados. Essa prevalência se apresentou mais elevada entre os policiais da 65ª CIPM quando comparada com os policiais lotados na BCS-GA.
A situação de alta exigência no JCQ (alta demanda e baixo controle) apresentou elevada associação com o a SB tanto na 65ª CIPM como na BCS-GA. A situação de Trabalho Passivo no JCQ (baixa demanda e baixo controle) apresentou associação com a SB nas duas unidades estudadas (65ª CIPM e BCS-GA), indicando a maior importância da dimensão controle para os trabalhadores estudados.
Os resultados desse estudo permitiram identificar peculiaridades sobre o trabalho e a saúde dos policiais militares em diferentes Unidades Policiais de Feira de Santana e dessa forma, oferece subsídios para a discussão sobre a saúde desses trabalhadores, que podem colaborar com o debate sobre segurança pública em Feira de Santana e no estado da Bahia.
REFERÊNCIAS
1. Bahia. Lei nº 7.990/2001, de 27 de dezembro de 2001. Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Militares do Estado da Bahia. Salvador; 2001 [acesso em: 15 nov. 2020]. Disponível em: http://www.legislabahia.ba.gov.br/documentos/lei-no-7990-de-27-de-dezembro-de-2001.
2. Minayo MCS, Assis SG, Oliveira RVC. Impacto das atividades profissionais na saúde física e mental dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro (RJ, Brasil). Ciênc. saúde coletiva. Rio de Janeiro Apr. [internet]. 2011 [acesso em: 15 nov. 2020]; 16(4). Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000400019&lng=en&nrm=iso. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000400019.
- Mesquita AA, Lobato JL, Lima VFSA, Brito KP. Estresse, enfrentamento e sua influência sobre a glicemia e a pressão arterial. Revista Psicologia e Saúde. [internet]. 2014 [acesso em: 15 nov. 2020]; 6(1): 48-55. Disponível em: https://pssa.ucdb.br/pssa/article/view/323/375.. doi: https://doi.org/10.20435/pssa.v6i1.323.
- Organização Mundial da Saúde – OMS. 72ª Assembleia Mundial da OMS. 11ª Revisão da Classificação Internacional das Doenças [internet]. Genebra: OMS, 2019. [acesso em: 15 nov. 2020] Disponível em: https://www.who.int/mental_health/evidence/burn-out/en/.
- Karasek, RA. Demand/control model: a social, emotional, and physiological approach to stress risk and active behaviour development. Geneva: International Labour Organization; 2005.
- Araújo TM, Graça, CG, Araújo, E. Estresse ocupacional e saúde: contribuições do Modelo Demanda-Controle. Ciência e Saúde Coletiva. [internet]. 2003 [acesso em: 15 nov. 2020]; 8(4): 991-1003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/ZCTKTb7FhvxkJSvWSHZGwNB/?format=pdf&lang=pt. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232003000400021.
- Nascimento Sobrinho CL, Cirino TA, Ferreira A. Trabalho e saúde mental dos médicos em Salvador. Cad Saúde Pública. [internet] 2006 [acesso em: 15 nov. 2020];22:131-40. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/yMkf4zsb4T9KWdYpq9MpHxs/
- Tironi MO, Nascimento Sobrinho CL, Barros DS, Reis EJ, Marques Filho ES, Almeida A, et al. Trabalho e síndrome da estafa profissional (Síndrome de Burnout) em médicos intensivistas de Salvador. Rev Assoc Med Bras. [internet] 2009 [acesso em: 25 fev. 2024]; 55(6):656-62. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/yMkf4zsb4T9KWdYpq9MpHxs/. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-42302009000600009
- Rodrigues Filho EM, Junge, JR. Burnout entre médicos intensivistas ou sociedade do burnout. Saúde Soc. [internet] 2018 [acesso em: 25 fev. 2024]; 27(3):809-19. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sausoc/a/3ffwxQLJWm486hVt5Vz48rt/?lang=pt. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-12902018180007
- Góis, JA, et al. Prevalência de Síndrome de Burnout em Médicos Intensivistas de uma cidade no nordeste do Brasil. Revista Baiana de Saúde Pública. [internet] 2023 [acesso em: 25 fev. 2024]; v. 47 n. 3, p. 168-181 jul./set. Disponível em: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/3943/3256. doi: 10.22278/2318-2660.2023.v47.n3.a3943.
- Benevides-Pereira AMT. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. 3ªed. São Paulo:Casa do Psicólogo; 2010
- Tucunduva LTCM., Garcia AP, Prudente FVB, Centofanti, G, Souza, CM, Monteiro TA, Vince FAH, Samano EST, Gonçalves MS, Gigli, AD. A síndrome da estafa profissional em médicos cancerologistas brasileiros. Revista da Associação Médica Brasileira. [internet] 2006; [acesso em: 22 fev. 2024]; 52(2),108-12. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/TC8D8NrrvvBYW4jMdzNdGqF/. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-42302006000200021
- Vieira, S. Introdução a Bioestatística. Rio de Janeiro, RJ, 4˚ Edição, Elsevier, 2011. 345 p.
- Brasil. Resolução/ CONEP n° 466 de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. 2012.
- Trojanowicz R, Bucqueroux B. Policiamento comunitário: como começar. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo, Editora Parma, 1999.
- Barros MMS, Almeida SP de, Barreto ALP, Faro SRS, Araújo MRM de, Faro A. Síndrome de Burnout em médicos intensivistas: estudo em UTIs de Sergipe. Temas psicol. [internet]. 2016. Mar [acesso em: 01 mar. 2024]; 24(1): 377-389. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2016000100020&lng=pt. doi: http://dx.doi.org/10.9788/TP2016.1-26
- Lima FRB, Lima DLF, Oliveira AAR de, Ferreira EO, Pacheco Neto OS, Benevides ACS. Identificação preliminar da síndrome de Burnout em policiais militares. Motri. [internet]. 2018 [acesso em: 15 nov. 2020]; 14(1): 150-156. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v14n1/v14n1a20.pdf.
- Torres-Vences IN, Mayoral EP-C, Mayor M, Pérez-Campos EL, Martínez-Cruz M, Torres-Bravo I, et al. Síndrome de Burnout e fatores relacionados na força de trabalho da polícia mexicana. Int. J. Ambiente. Res. Saúde Pública. [internet]. 2022 [acesso em: 15 nov. 2020]; 19(9): 5537. Disponível em: https://www.mdpi.com/1660-4601/19/9/5537. doi: https://doi.org/10.3390/ijerph19095537
- Maslach C, Schaufeli WB, Leiter MP. Job Burnout. Annual Review of Psychology. [internet]. 2001 [acesso em: 15 nov. 2020]; 52(16): 397-422. Disponível em: https://www.annualreviews.org/doi/pdf/10.1146/annurev.psych.52.1.397.
- Ferreira DKS, Bonfim C, Augusto LGS. Condições de trabalho e morbidade referida de policiais militares, Recife-PE, Brasil. Saúde e Sociedade. [internet] 2012. [acesso em: 15 nov. 2020]; 21(4): 989-1000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sausoc/a/pTXfRDXfJpdbLJSHNsHvnVs/?format=pdf&lang=pt. doi: http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902012000400016
- Alcântara MA, Sampaio RF, Assunção AÁ, Silva FCM. (2014). Capacidade para o Trabalho: Usando Modelagem de Equações Estruturais para Avaliar os Efeitos do Envelhecimento, Saúde e Trabalho na População de Servidores Municipais Brasileiros. Trabalho. [internet] 2014 [acesso em: 15 nov. 2020]; 49(3): 465-472. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24004758/. doi: 10.3233/WOR-131703.
- Tamayo MR, Tróccoli BT. Síndrome de Burnout. In: Mendes AM, Borges LO, Ferreira MC, organizadores. Trabalho em transição, saúde em risco. Brasília (DF): Universidade de Brasília; 2002.
- Tironi MOS, Teles JMM, Barros D de S, Vieira DFVB, Silva Filho CM da, Martins Júnior DF, et al. Prevalência de síndrome de burnout em médicos intensivistas de cinco capitais brasileiras. Rev bras ter intensiva [internet]. 2016 [acesso em: 29 fev. 2024]; Jul;28(3):270–7. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbti/a/CB8XsX7JTMb37W4b3j3BLmR/?format=pdf&lang=pt. doi https://doi.org/10.5935/0103-507X.20160053
- Maslach C, Leiter MP. Trabalho: fonte de prazer ou desgaste? Guia para vencer o estresse na empresa. Tradução Mônica Saddy Martina. Campinas, Papirus; 1999.25. Grunfeld E, Whelan TJ, Zitzelsberger L, Willan AR, Montesanto B, Evans WK. Cancer care workers in Ontario: prevalence of burnout, job stress and job satisfaction. CMAJ. [internet] 2000 [acesso em: 29 fev. 2024]; Jul 25;163(2):166-9. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10934978/.