Uma Análise Sobre Trabalho e Adoecimento Feminino

Autores

  • Michella Paula Reis Enfermeira graduada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro; mestre em Ciências da Saúde pela Fiocruz/RJ; pós-graduação em psicologia analítica e psicossomática pelo Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa. Participante do Grupo de Estudos em Psicodinâmica do Trabalho Feminino – Psitrafem. Trabalha há 12 anos no IBGE como analista em gestão de informações geográficas e estatísticas e atua como terapeuta junguiana. https://orcid.org/0009-0002-0199-3967
  • Aline Bastos Bacharel em jornalismo em multimeios (Universidade Estadual da Bahia); especialista em marketing; pós-graduada em Gestão Pública. É integrante do grupo de pesquisa em Trabalho Feminino na Universidade de Brasília (UnB); atualmente trabalha como especialista em comunicação através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o projeto Formação Judicial Qualitativa na Escola Nacional de Formação de Magistrados além de prestar consultorias para empresas privadas nas áreas de comunicação com produção de conteúdo para redes sociais; campanhas de marketing e tráfego pago. Atuou como coordenadora de comunicação em gabinetes na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa da Bahia. Como jornalista já trabalhou no ministério da Pesca e Aquicultura; Codevasf e INSS. https://orcid.org/0009-0008-5369-1948
  • Carla Sabrina Antloga Psicóloga; Pós-Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo; com estágio técnico no Conservatoire d'Arts et Métiers; Paris. Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações; com ênfase em Qualidade de Vida no Trabalho (PSTO-UnB). Professora Associada do Departamento de Psicologia Clínica (PCL) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura (PPG-PsiCC). Coordenadora do Grupo de Estudos em Psicodinâmica do Trabalho Feminino - Psitrafem. Coordenadora do Núcleo de Engajamento; Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho - NESQ. Mãe de dois filhos. https://orcid.org/0000-0003-4105-6708

DOI:

https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2025v15i94p15341-15356

Palavras-chave:

Adoecimento das mulheres, Sobrecarga de trabalho feminino

Resumo

Este artigo analisa a relação entre a sobrecarga de trabalho e o adoecimento das mulheres, argumentando que a divisão desigual do trabalho, somando os trabalhos remunerado e não remunerado, contribui significativamente para o desgaste físico e emocional feminino. Utilizou-se dados estatísticos para demonstrar a sobrecarga de trabalho e o maior adoecimento físico e psicológico das mulheres. A pesquisa evidencia que, embora as mulheres cuidem mais da própria saúde, recorrendo com maior frequência a serviços médicos, elas apresentam índices superiores de doenças crônicas, transtornos de ansiedade e depressão quando comparadas aos homens. O texto discute a invisibilização do trabalho doméstico e sua contribuição para a desigualdade de gênero, além da necessidade de políticas públicas mais abrangentes para a saúde integral da mulher. Proposta de ressignificação do trabalho de cuidado, sugerindo modelo mais equitativo e sustentável, que valorize e redistribua essas responsabilidades, promovendo maior justiça social e bem-estar para as mulheres.

Biografia do Autor

Aline Bastos , Bacharel em jornalismo em multimeios (Universidade Estadual da Bahia); especialista em marketing; pós-graduada em Gestão Pública. É integrante do grupo de pesquisa em Trabalho Feminino na Universidade de Brasília (UnB); atualmente trabalha como especialista em comunicação através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o projeto Formação Judicial Qualitativa na Escola Nacional de Formação de Magistrados além de prestar consultorias para empresas privadas nas áreas de comunicação com produção de conteúdo para redes sociais; campanhas de marketing e tráfego pago. Atuou como coordenadora de comunicação em gabinetes na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa da Bahia. Como jornalista já trabalhou no ministério da Pesca e Aquicultura; Codevasf e INSS.

Bacharel em jornalismo em multimeios (Universidade Estadual da Bahia), especialista em marketing, pós-graduada em Gestão Pública. É integrante do grupo de pesquisa em Trabalho Feminino na Universidade de Brasília (UnB), atualmente trabalha como especialista em comunicação através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o projeto Formação Judicial Qualitativa na Escola Nacional de Formação de Magistrados além de prestar consultorias para empresas privadas nas áreas de comunicação com produção de conteúdo para redes sociais, campanhas de marketing e tráfego pago. Atuou como coordenadora de comunicação em gabinetes na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa da Bahia. Como jornalista já trabalhou no ministério da Pesca e Aquicultura, Codevasf e INSS. 

Carla Sabrina Antloga , Psicóloga; Pós-Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo; com estágio técnico no Conservatoire d'Arts et Métiers; Paris. Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações; com ênfase em Qualidade de Vida no Trabalho (PSTO-UnB). Professora Associada do Departamento de Psicologia Clínica (PCL) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura (PPG-PsiCC). Coordenadora do Grupo de Estudos em Psicodinâmica do Trabalho Feminino - Psitrafem. Coordenadora do Núcleo de Engajamento; Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho - NESQ. Mãe de dois filhos.

Psicóloga, Pós-Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo, com estágio técnico no Conservatoire d'Arts et Métiers, Paris. Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, com ênfase em Qualidade de Vida no Trabalho (PSTO-UnB). Professora Associada do Departamento de Psicologia Clínica (PCL) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura (PPG-PsiCC). Coordenadora do Grupo de Estudos em Psicodinâmica do Trabalho Feminino - Psitrafem. Coordenadora do Núcleo de Engajamento, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho - NESQ. Mãe de dois filhos.

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Publicado

2025-03-21

Como Citar

Reis, M. P., Bastos , J. A. S., & Antloga, C. S. (2025). Uma Análise Sobre Trabalho e Adoecimento Feminino. Saúde Coletiva (Barueri), 15(94), 15341–15356. https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2025v15i94p15341-15356

Edição

Seção

Artigo Original