Práticas de racismo na assistência obstétrica: estudo de caso fenomenológico
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021v11i68p7451-7460Palavras-chave:
Violência contra a Mulher, Racismo, Acesso aos Serviços de Saúde, MaternidadesResumo
Objetivo: Compreender as práticas racistas na assistência no ciclo gravídico-puerperal a partir de um caso. Método: O estudo utilizou-se do método fenomenológico para estudo de caso, estruturado em quatro procedimentos: encontros clínicos, relato descritivo, produções expressivas e análise documental. Os dados foram analisados pelo método fenomenológico de Giorgi. Resultado: Após a análise obteve-se quatro unidades de significado: Unidade 1: Conceito de prática racista; Unidade 2: Práticas obstétricas racistas; Unidade 3: Compreensão da experiência da mulher negra assistida por práticas racistas; Unidade 4: Lutas pelos direitos para uma assistência equânime, sua trajetória indicou a possibilidade de as práticas racistas ocorrerem de diversas formas durante a assistência obstétrica, ajudando a delinear os formatos de ocorrência. Conclusão: As políticas públicas trazem uma forte contribuição para a qualificação e humanização da atenção à saúde da mulher negra, devendo fazer parte das estratégias formativas e assistenciais de cuidado.