O atendimento a pessoas transexuais e travestis na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2023v13i86p12520-12536

Palavras-chave:

Travestilidade, Pessoas Transgênero, Saúde Pública.

Resumo

Objetivo: Relatar os obstáculos de acesso à Atenção Primária à Saúde (APS) por parte da população travesti e transexual (TT) e reconhecer as possíveis condutas dos profissionais de saúde no atendimento a essa população. Método: Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura com coleta de dados nas plataformas Scielo, BVS e Lilacs. Foram selecionados artigos publicados na íntegra entre os anos de 2019 e 2022. Resultados: Os principais resultados encontrados foram a dificuldade no acolhimento desta população na APS, a rejeição pessoal dos profissionais, o fluxo inadequado da unidade, as barreiras estruturais dos serviços como a dificuldade de criar vínculo. Conclusão: Para que haja um acesso equitativo, livre de preconceitos e de discriminação faz-se necessário implementar na APS melhorias nas políticas públicas a fim de qualificar os profissionais no atendimento às necessidades e acolhimento da população TT bem como respeitá-la e protegê-la contra o preconceito.

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Publicado

2023-06-20

Como Citar

Bragagnolo, M. N. da S. (2023). O atendimento a pessoas transexuais e travestis na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa. Saúde Coletiva (Barueri), 13(86), 12520–12536. https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2023v13i86p12520-12536

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos