Lesões Intraepiteliais e Neoplasia Cervical Uterina de Mulheres em Juiz de Fora/Minas Gerais: Estudo Caso-Controle
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2025v15i93p14580-14595Palavras-chave:
Programas de rastreamento, Neoplasias do colo do útero, Lesões intraepiteliais escamosas cervicais, Estudos de casos e controlesResumo
Objetivo: determinar fatores relacionados à ocorrência de lesões citológicas precursoras em mulheres de Juiz de Fora/Minas Gerais assistidas na atenção básica. Método: estudo caso-controle entre 2017 a 2021. A amostra consistiu de 222 casos e 231 controles. Análises em três dimensões: sociodemográfica, sexual/reprodutiva e atenção à saúde. Odds ratios e intervalos de 95% de confiança calculados por regressão logística. Resultado: lesões precursoras reduzem com idade ≥ 60 anos, casadas, anticoncepcional injetável, coitarca > 15 anos, primeiro filho >18 anos, 1 a 3 filhos e assistidas pela Estratégia da Saúde da Família. Fatores protetores para lesões precursoras: mulheres entre 30 a 39 anos, não utilizar preservativos, ensino médio, ≥ 4 gestações, ≥ 4 partos, citologia de repetição e assistidas pelo modelo tradicional. Conclusão: conhecer o perfil de mulheres susceptíveis ao desenvolvimento de lesões precursoras e neoplasia cervical uterina possibilita aos gestores e profissionais elaborar estratégias efetivas no rastreamento, detecção e diagnóstico.
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