Análise da demanda de pacientes com Doenças Crônicas Não Transmissíveis em uma Unidade de Pronto Atendimento
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2020v10i52p2148-2163Palavras-chave:
Unidade de Pronto Atendimento, Demanda de Pacientes, Doença Crônica Não TransmissívelResumo
Este estudo tem como objetivo analisar e caracterizar a demanda de pacientes com doença crônica não transmissível que utilizam a UPA, foram selecionadas as DCNT mais comuns entre a população de acordo com o Ministério da Saúde. Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa, realizado em uma UPA, no município de Piracicaba, nos meses de maio e junho de 2018. Na coleta de dados foram analisados um total de 25.748 Fichas de Atendimento Ambulatorial, deste total foram selecionadas 582 fichas que apresentavam uma queixa relacionada a uma DCNT. Observou-se uma predominância do sexo feminino e a faixa etária entre 50 a 54 anos, a classificação de risco com maior frequência foi a da cor verde. As principais DCNT apresentadas foram lombalgia (46,2%; n =244) e asma (21,6%; n =114) e as queixas presentes no momento da triagem foram dor lombar (54,4%; n = 287) e falta de ar (20,1%; n = 106), os pacientes desta UPA em sua maioria recebem alta após medicação ou alta com receita médica e o estudo evidência que há uma recidiva de usuários na unidade, o qual pode ser de 1 í 5 vezes no mesmo mês (90,9%; n = 468). Conclui-se que houve pouco quantitativo de atendimentos relacionados a DCNT, as queixas mais comuns podem estar relacionadas ao clima do ano. Porém, algumas fichas não apresentavam concordância entre suas informações e as recidivas indicam que o usuário não procurou a atenção básica, que deve ser a principal porta de entrada para o sistema de saúde.