Cultura punitiva percebida por profissionais de saúde atuantes em unidades de terapia intensiva: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021v11i68p7647-7660Palavras-chave:
Cultura organizacional, Punição, Unidades de terapia intensiva, Segurança do paciente, EnfermagemResumo
Objetivo: Analisar na literatura a percepção dos profissionais de saúde acerca da cultura punitiva em Unidades de Terapia Intensiva. Método: revisão integrativa de literatura, com base em artigos publicados entre 2010 e 2020 acerca da dimensão de cultura “Respostas não-punitivas ao erro” do questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture. A coleta de dados ocorreu no mês de agosto de 2020 nas bases de dados: LILACS e MEDLINE. Consideraram-se unidades com cultura punitiva quando o escore de respostas positivas foi ≤ 50%. Resultados: foram encontrados 281 estudos, dos quais 11 foram considerados elegíveis. Houve prevalência de pesquisas conduzidas em unidades para atendimento adulto (45,45%). Todos os estudos apresentaram fragilidade da dimensão “Respostas não-punitivas ao erro”, com variação de 17,50% a 49,34% de respostas positivas. Conclusão: a cultura punitiva apresenta-se fortemente na percepção dos profissionais de unidades críticas, o que demanda ações para reversão dessa percepção e migração para cultura justa.