Análise espacial, clínico-epidemiológica e laboratorial de crianças internadas com leishmaniose visceral no Pará/Amazônia Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021v11i68p7629-7646Palavras-chave:
Leishmaniose Visceral, Crianças, Epidemiologia, LetalidadeResumo
A Leishmaniose Visceral (LV), é uma infecção sistêmica que afeta pessoas no mundo todo. É endêmica no Pará. Objetivo: Analisar as características espaciais, clínico-epidemiológicas, laboratoriais, tratamento e letalidade de crianças com LV em hospital de referência do Pará. Método: Estudo retrospectivo-analítico, transversal, com abordagem quantitativa dos prontuários de crianças com LV internados entre 2012 e 2016. Resultado: Os casos predominaram na zona rural (77,1%) e infecção primária (86,5%). Os menores de 6 anos e do sexo masculino foram os mais acometidos. A distribuição espacial dos casos foi heterogênea, predominando o Nordeste Paraense (80,2%). A confirmação laboratorial foi a mais utilizada (86,5%). N-metil glucamina foi a terapêutica de eleição (89,3% dos casos). Conclusão: Houve cura em mais de 90% dos casos. A letalidade associou-se à sangramentos, à plaquetopenia, à falha no tratamento inicial, ao tempo de tratamento e ao maior escore sistema de avaliação de risco de vida (SARV).