Febre maculosa: Uma análise epidemiológica no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2022v12i79p11073-11084Palavras-chave:
Amblyomma, Monitoramento Epidemiológico, Rickettsia rickettsiiResumo
Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico da febre maculosa no Brasil, no período de 2007 a 2017. Métodos: Estudo transversal, descritivo, retrospectivo e qualiquantitativo, de 2007 a 2020, e os dados coletados a partir das informações disponíveis no TABNET/DATASUS. Os dados coletados foram: ano, mês, município, incidência de casos, faixa etária, sexo, zona de residência, critério de confirmação e evolução da doença. Resultados: Foram notificados 2.295 casos de febre maculosa no Brasil, apresentando prevalência de 1,07/100.000 hab. Dentre os casos, 71,5% concentraram-se na Região Sudeste e 25,1% na Sul. Os indivíduos acometidos se destacaram por ser a maioria do sexo masculino e faixa etária de 40 a 59 anos. Evoluíram para óbito 34,4% dos casos. Conclusões: Devido à alta letalidade desta zoonose, ações de controle e prevenção da doença voltadas as regiões com maior prevalência devem ser realizadas a fim de reduzir a ocorrência de casos e principalmente de óbitos.
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