Novas doenças e ameaças antigas: a repercussão da COVID-19 no manejo da tuberculose
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2020v10i54p2639-2644Palavras-chave:
Infecções por Coronavírus, Doenças Transmissíveis, Vigilância em Saúde Pública, TuberculoseResumo
Esta reflexão objetivou discutir a interferência do enfrentamento í pandemia da COVID-19 na manutenção das ações de manejo e controle da tuberculose (TB) no Brasil, destacando o papel crucial da enfermagem nesse processo. A TB é considerada um importante problema de saúde pública no país, que registrou, em 2019, mais de 73 mil casos novos e cerca de 4500 óbitos decorrentes da doença em 2018. Nestes tempos incomuns em que a COVID-19 domina as práticas em saúde pelo enorme impacto que exercem, é necessário reforçar a existência e coexistência tanto da TB quanto a COVID-19, para que se leve em conta a organização do sistema de saúde e o papel fundamental da enfermagem, a fim de manejar adequadamente as pessoas acometidas e evitar a disseminação ainda maior de ambos os agravos. Reforça-se, então, a importância de levantar informações individuais das pessoas em tratamento da TB nos vários serviços da rede de atenção do SUS, adequar as formas de contato e vínculo de acordo com as possibilidades dos serviços e das pessoas acometidas pela doença.