Parametrização de alarmes clínicos de monitores multiparâmetros em uma unidade de cuidados crítico
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2020v10i55p2959-2972Palavras-chave:
Alarmes Clínicos, Cuidados Críticos, Monitoramento, Segurança do Paciente, EnfermagemResumo
Objetivos: Identificar e classificar os alarmes sonoros de variáveis hemodinâmicas disparadas pelo monitor multiparâmetros, antes e após a intervenção de parametrização dos valores limítrofes dos alarmes. Método: Abordagem quantitativa, delineamento quase experimental, estudo de avaliação antes e depois, técnica de coleta de dados observação não participante em uma unidade de terapia intensiva, por 60 h. Os participantes do estudo foram os profissionais de enfermagem. Produção de dados dividida em dois momentos: 1º momento de caracterização dos pacientes e 2º momento de descrição dos alarmes (fase pré e pós parametrização). Análise dos dados com cálculo da razão de chance (OR). Resultados: Durante as fases pré e pós, 87 pacientes foram contabilizados e 42 (48%) encontravam-se com no mínimo um alarme desligado. Na fase pré, registraram-se 513 alarmes, 428 (83,4%) inconsistentes, 497 (124 alarmes fatigados e 373 perdidos) não atendidos pela equipe de enfermagem. Na fase pós, registraram-se 438 alarmes, 330 (75.3%) inconsistentes, 423 (90 alarmes fatigados e 333 perdidos) não atendidos. A OR para alarmes fatigados e alarmes consistentes é de 1.2 para o primeiro evento e 0.5 para o segundo. Conclusões: Primeiro passo ao mapeamento da fadiga de alarmes, assim como da usabilidade de equipamentos. Mapeamento que subsidiará posterior capacitação da equipe, adoção de protocolo e rotina referentes í parametrização e usabilidade, que irão concorrer no correto raciocínio clínico na tomada de decisão dos profissionais, favorecendo a vigilância do paciente e consequentemente sua segurança.