Mulheres transexuais com infecção sexualmente transmissível: Enfermagem e educação em saúde em questão
DOI:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2023v13i85p12726-12735Palavras-chave:
Transexualidade, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Educação em enfermagem, Cuidado de enfermagemResumo
Objetivo: descrever o manejo clínico de mulheres transexuais portadoras de infecção sexualmente transmissível, que realizam acompanhamento hormonal para a transição física na rede do Sistema Único de Saúde, no município do Rio de Janeiro. Método: estudo de caso múltiplo, sendo extraído dados dos prontuários de 10 mulheres transexuais norteados por uma ficha de investigação, como instrumento de coleta de dados, no período de agosto a dezembro de 2022. Resultados: as informações coletadas foram apresentadas sob a forma de temas e revelaram que todos os casos possuem Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, dificuldades de acesso a serviços de saúde, baixa escolaridade, experiência com parceiros fixos que não utilizam métodos de barreira nas relações com seus parceiros. Conclusão: a educação em saúde deve ser considerada prioritária na enfermagem, para modificar preconceitos e estigmas enfrentados por essas mulheres transexuais através da oferta de conhecimento para a redução de comportamentos de riscos.
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